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Esposa de policial civil morto a tiros é preso suspeita de ser mandante do crime

Para os investigadores, desde a morte do marido, Maria Francileide, de 55 anos, se comportou de forma suspeita

Por Julia Sarmento

Esposa de policial civil morto a tiros é preso suspeita de ser mandante do crime
Esposa de policial civil morto a tiros é preso suspeita de ser mandante do crime
Reprodução/Brasil Urgente

A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (13), a esposa de um policial civil, de 57 anos, morto a tiros numa suposta tentativa de assalto em sua gráfica em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo. Ela é apontada como mandante do crime.

A principal linha de apuração da polícia é a de que a esposa de Arnaldo José do Nascimento seja a mandante da execução. Para os investigadores, desde a morte do marido, Maria Francileide, de 55 anos, se comportou de forma suspeita.  

“No mesmo dia, ela ligou para o departamento pessoal perguntando a documentação para receber o salário do policial”, afirmou o delegado Antônio José Pereira ao Brasil Urgente.  

O policial civil foi morto enquanto estava trabalhando dentro da gráfica, que era do casal, e fica na zona leste de São Paulo. No momento do crime, Arnaldo estava no local com outras duas pessoas. A mulher não estava no estabelecimento, já que havia saído para ir a um comércio próximo.

De acordo com as testemunhas, quando os suspeitos entraram na gráfica, o atirador foi diretamente até o policial.

“Foi muito rápido. A testemunha que estava no local disse que ele passou rapidinho, também porque o policial, quando ia para a gráfica deixava a arma em um determinado local”, disse o delegado.

Imagens de câmeras de segurança da rua flagraram o instante em que dois homens, disfarçados de moradores em situação de rua, caminham em direção a gráfica. O atirador usou balões para tentar esconder o rosto.

A dupla entrou no estabelecimento, mas o comparsa, vestido com um boné, saiu rapidamente do local no momento em que a esposa da vítima se aproximou. Instantes depois, os dois bandidos fugiram do local levando a arma do policial.

Maria Francileide chegou a pedir por ajuda e levou o marido para o hospital, mas ele não resistiu aos ferimentos.  

Pouco depois do crime, um dos envolvidos, Douglas Cabral, de 39 anos, foi preso em flagrante por policiais militares. Mas o atirador, identificado como Ronaldo da Silva, de 46 anos, segue foragido. Durante as buscas pelo atirador, os policiais encontraram a esposa da vítima no endereço do criminoso.

“Ontem, quando os policiais foram até a casa do assassino na tentativa de prendê-lo, eles depararam com ela, armada na casa”, afirmou o delegado.

A acusada foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Além disso, a prisão temporária foi solicitada, sob a suspeita de que a mulher teria sido mandante da morte do marido. Na delegacia, ela segue negando que conheça ou tenha qualquer relação com os outros dois envolvidos.

De acordo com a polícia, o homem, apontado como responsável por atirar no policial, prestava alguns serviços para a gráfica do casal. O que comprova que eles se conheciam. Além disso, foram encontradas trocas de mensagens de felicitações de ano novo entre o homem que está sendo procurado, a mulher do policial e a própria vítima.  

A investigação busca entender a motivação do crime. Há a informação de que a mulher teria prometido um valor de R$ 20 mil pela morte do marido. Maria Fancileide esteve no velório do policial ao lado de outros familiares e amigos.

“Em alguns momentos, ela chora um pouco, e tal, mas diante a maioria do tempo ela aparece de boa diante de tudo o que aconteceu”, concluiu o delegado responsável pelo caso.

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