Depois de seis meses de investigações, a polícia de São Paulo fechou o ano com uma das maiores quadrilhas de metanfetamina do estado desmontada. Tudo começou com a prisão de um dos cabeças do esquema, o chinês Pikang Dong, 69 anos, em julho.
A partir da prisão de Pikang Dong, os investigadores começaram a desenrolar o carretel de linha, que começava na compra ilegal de produtos, vindos de fora do Brasil, e terminava na produção da droga sintética, bem no Centro de São Paulo.
Só na segunda quinzena de dezembro, foram expedidos 60 mandados de prisão e mais de 100 de busca e apreensão. Segundo a polícia, o grupo era formado em sua maioria por chineses, mas também tinha colombianos, nigerianos, mexicanos, portugueses e brasileiros.
Na última fase da operação, 20 pessoas foram presas. Elas eram responsáveis pela fabricação produção e distribuição de metanfetamina, também conhecida como a “droga do sexo e da morte”.
Eles atuavam em casas e apartamentos em bairros nobres de São Paulo e na Zona Leste. Um homem de nacionalidade portuguesa foi preso, bem na hora em que cozinhava a droga. Os policiais chegaram a encontrar metanfetamina escondida na carcaça de um aparelho condicionador de ar.
Segundo a polícia, a droga sintética produzida no Brasil é uma novidade. Até pouco tempo, ela era trazida de outros países, mas, agora, com a contratação dos chamados “cozinheiros estrangeiros”, o produto começou a ser fabricado mais perto dos locais de distribuição, ou seja, no Centro de São Paulo.
A metanfetamina é uma droga sintética cara, totalmente produzida em laboratório e com alta potência. Ela é muito comum em festas de longa duração e consumida por pessoas que preferem ficar “acordadas” por mais tempo.
É uma droga rara no Brasil, consumida pela comunidade estrangeira, na maioria das vezes, em festas de música eletrônica (delegado Fernando Santiago)
Recentemente, em um apartamento no Centro de São Paulo, em outra operação, a polícia encontrou uma cozinha montada exclusivamente para produção de metanfetamina. No local, também foram encontrados passaportes, documentos, celulares, cartões, dinheiro e até um aparelho usado para o consumo da droga.