Drama familiar e más companhias: a história da 'Gatinha da Cracolândia'

Lorraine Bauer, de 19 anos, foi presa e responderá pelo crime de tráfico de drogas

Da Redação, com Brasil Urgente

Na manhã da última quinta-feira (22), a jovem Lorraine Cutier Bauer Romeiro, 19 anos, foi presa acusada de traficar drogas na Cracolândia, região central de São Paulo. Ao ser detida, Lo Bauer indicou um hotel abandonado no centro da São Paulo usado para armazenar drogas. O Brasil Urgente divulgou a decisão judicial em que a prisão temporária de Lorraine foi convertida em prisão preventiva, o que significa que ela responderá o processo na cadeia.

A suspeita falou em depoimento que o que a levou para o mundo do tráfico haviam sido más companhias e alguns relacionamentos anteriores. Em fato, Lo Bauer assumiu a função no tráfico de seu namorado, André Luiz dos Santos Almeida que está preso, também acusado de tráfico de drogas. 

Lo Bauer também teve problemas familiares, ao perder seu pai, que foi assassinado em uma tentativa de assalto, quando a menina tinha apenas 12 anos. Então com 43 anos, Ricardo Bauer também tinha um histórico criminal por lesão corporal e tráfico de drogas. 

Após a perda, a jovem passou a ter problemas de comportamento na escola e a fazer uso de drogas.

Foi neste cenário que Lorraine conheceu André Almeida, traficante de drogas da região. O relacionamento e o dinheiro fácil a levaram para o mundo do crime.

Nas redes socias, Lorruam Bauer, irmão da investigada, fez uma série de vídeos esclarecendo a situação da irmã.

“A vida tá aí, para mostrar que o que você faz, você paga", comentou. “Infelizmente ela se envolveu com pessoas erradas, sempre teve uma vida boa, uma família boa, que apoiou, que deu conselho, mas ela acabou se envolvendo com pessoas erradas e acabou fazendo escolhas erradas. Agora ela vai pagar pelo que fez, a gente, a família dela, de maneira alguma vai passar a mão na cabeça."

A vida em Barueri

Quem conhece Lorraine há muitos anos não imagina que ela tivesse envolvimento com o tráfico.

“Fiquei surpreso. Eu falei: ‘Nossa, o que está acontecendo aí?’”, contou uma fonte anônima à reportagem. “Ninguém sabia o que ela fazia. Gente, como é que pode? Mora em bairro nobre aí e vai se envolver com pessoal da cracolândia.”

O local onde foi efetuada prisão de Lorraine era a casa da avó materna dela – onde a jovem não deveria estar por descumprir uma ordem de prisão domiciliar. Na região, o Brasil Urgente conversou com vizinhos e comerciantes do local, que ficaram chocados ao saber da prisão da garota. Ela sempre andava por lá na companhia da mãe.

“Ela morava com a mãe dela lá em Alphaville. Ela veio acho que se se esconder aí, na certa”, afirmou outra testemunha. “Entrava e saía normal.”

Depois de de ser presa em flagrante na Operação Carontes contra o tráfico de drogas, Lorraine Bauer apontou para a polícia um prédio invadido na rua Helvetia, região de Santa Cecilia, centro da cidade de São Paulo. O local funcionava como uma espécie de laboratório clandestino do tráfico de drogas.

Foram apreendidas 85 porções de maconha, 295 de cocaína e oito de crack, além de frascos de lança-perfume, comprimidos de drogas sintéticas, R$ 750 em dinheiro, balança de precisão, uma faca, um machado, um celular e uma bolsa com outros materiais para o refino das drogas.

Também foi em Barueri que a “Gatinha da Cracolândia” viveu a maior parte da vida. Fez amigos e estudou por pelo menos quatro anos em uma escola pública durante o ensino fundamental.

Em depoimento, a traficante disse à polícia que estava desempregada. Era sustentada pela mãe e fazia faculdade de direito.

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