
O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva e denunciou a esposa de um policial civil por envolvimento dela com o PCC. Além disso, outros oito policiais foram colocados na denúncia do MP.
Todos são acusados de envolvimento com o primeiro comando da capital ou com extorsões. Quem apareceu agora na investigação foi a esposa de um investigador. O Brasil Urgente teve acesso ao documento do MP paulista que deu base para os pedidos de prisão.
Os áudios entre a esposa e o investigador foram transcritos pela perícia e revelam o esquema montado para lavar dinheiro do PCC. Para o Ministério Público, a esposa do investigador, anteriormente tinha relacionamento com um líder do PCC, morto em 2019.
Ela assumiu a missão de cobrar os créditos derivados das atividades ilícitas conduzidas por alemão e, para tal tarefa, ajustou-se com o investigador, pessoa com quem iniciou união estável logo após a morte de um líder do PCC.
No início de novembro, quando o policial já estava sendo investigado pela corregedoria, ela faz um desabafo para uma amiga e revelou que o marido ficou extremamente irritado com uma postagem dela com uma bolsa de luxo.
Ainda segundo o MP, o policial ficou "inquieto" depois da morte de Vinicius Gritzbach e percebeu que poderia ser alvo de uma operação e ainda ser preso, como está hoje. O investigador da polícia civil já tinha sido citado pelo delator do PCC por ter sido acusado de roubar relógios de Gritzbach e aparecia com eles em fotos nas redes sociais. Modelos Rolex avaliados em mais de R$ 200 mil.
Com o objetivo de ocultar os relógios e com a certeza de que teria o celular apreendido, armou um plano para fugir da prisão, mas a esposa não percebeu logo de cara a intenção do marido, como revelam as mensagens.
Na denúncia, os promotores acusam a esposa de organização criminosa e lavagem de dinheiro e pedem a prisão preventiva dela. A justiça ainda não se manifestou. O investigador continua detido no presídio da polícia civil em São Paulo.