Após incansáveis buscas policiais, o corpo do motorista de aplicativo Vando dos Santos Nascimento, de 33 anos, foi encontrado nesta sexta-feira (7) na Represa da Cantareira, que fica na estrada Prefeito Luiz Salomão Chamma, na divisa entre os municípios de Franco da Rocha e Mairiporã, região metropolitana de São Paulo.
O motorista desapareceu no dia 2 de janeiro, após informar a esposa que iria fazer uma corrida particular por volta de 23h. Depois disso, não deu mais notícias à família.
O carro de Vando foi encontrado um dia após o desaparecimento, na comunidade Boi Malhado, zona norte da capital paulista.
Vando já havia sido assaltado na véspera do Natal – os bandidos levaram dele o carro e a carteira, mas o veículo apareceu na sequência. Por isso, todos os cartões pessoais estavam bloqueados. Para continuar trabalhando, o motorista decidiu usar os cartões bancários da esposa.
Segundo ela, havia cerca de R$ 100 na conta, mas todo o dinheiro foi retirado pelos criminosos. Além do cartão de débito da esposa, os bandidos também levaram o aparelho celular da vítima.
Muito abalada, a esposa não quis gravar entrevista. Ela disse à reportagem que não tinha aplicativos de banco no celular que ele usava no trabalho.
O corpo de Vando foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) de Franco da Rocha, onde passou por vários exames para identificar a causa da morte.
Celular
A investigação está só no início. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de roubo seguido de morte, um latrocínio - mas não descarta uma execução.
Os investigadores do 38º DP (Vila Nova Cachoeirinha) já sabem que os bandidos usaram o cartão de débito da mulher de Vando e fizeram compras em fast foods no valor de R$ 120.
Desta vez, o celular de Vando foi levado pelos criminosos, o que acabou ajudando a polícia na localização do corpo. No veículo, foram achados vestígios de sangue. Segundo a polícia, não houve pedido de resgate nem movimentação na conta bancária do motorista.
A investigação acredita que, ao ser atraído por uma mulher para uma corrida na noite de domingo (2), Vando já foi sequestrado e levado para um cativeiro. Logo na sequência, o corpo foi jogador na represa.
O cadáver não apresentava sinais de violência, como uma facada ou um tiro. Só a perícia vai dizer o que causou a morte do motorista, que pode ser sido espancado no cativeiro e jogado ainda com vida na represa, causando um afogamento.
Até agora nenhum suspeito do crime foi preso. Segundo informações preliminares, o corpo estava na represa há pelo menos três dias até ser localizado por uma equipe dos bombeiros.