O quarto alvo de mandado de prisão, em decorrência da “Operação Tempus Veritatis”, entregou-se às autoridades policiais nos Estados Unidos, onde está desde dezembro de 2022. Militar do Exército, o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto estaria envolvido em pelo menos dois núcleos golpistas, um dos quais incitava colegas de farda a aderirem a um suposto golpe de Estado.
Para a Polícia Federal (PF), o núcleo de Bernardo escolhia militares em posição de comando para serem atacados por resistirem a investidas golpistas.
Em outro grupo, o investigado atuava num sistema operacional de apoio às ações golpistas. A intenção era manter manifestações em frente aos quarteis, o que incluiu mobilização, logística e financiamento de militares das forças especiais em Brasília.
Outros três alvos próximos de Bolsonaro foram presos: Felipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, e Rafael Martins de Oliveira, major do Exército.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também foi detido, mas fora do escopo da operação. O político foi conduzido à PF por porte ilegal de arma, já que, na casa dele, alvo de busca e apreensão, havia uma arma de fogo registrada em outro nome.
Na manhã desta quinta-feira (8), a PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro, em cumprimento de medida cautelar que o impede de deixar o país. A petição foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).