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Copiloto do voo que caiu em Vinhedo falou de excesso de gelo antes de queda, aponta CENIPA

Relatório preliminar aponta que aviso de excesso de gelo ficou acionado até a perda de controle do ATR-72

Da redação

O relatório preliminar sobre a queda do ATR-72 da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o CENIPA, diz que o copiloto do voo comentou sobre o excesso de gelo minutos antes da queda. 

Ao mostrar toda a linha do tempo da decolagem até a queda, o CENIPA indica que o alerta de gelo foi exibido na cabine dos pilotos por 6 minutos e 22 segundos. Às 13h19 no dia do acidente, o botão de degelo é desligado. 13h20, por meio do da caixa preta com as vozes do acidente, o copiloto comenta 'bastante gelo'. 

Cinco segundos após, o botão para degelo é acionado e fica assim até a queda da aeronave. O controle de aproximação então permite a vinda para o aeroporto às 13h20. Segundo o laudo preliminar, o pouso já havia sido permitido pelo controle de aproximação em São Paulo. 

Na hora da queda, a aeronave se inclinou a 32º e, ainda em curva, houve o alarme de aumento de velocidade e vibração da aeronave, com estol. Então, houve reversão da curva, que o CENIPA ainda não pode indicar se foi o piloto ou ações aerodinâmicas, à esquerda, com inclinação de 52º e depois há reversão à direita, de 94º, ganhando altitude e entrando em um parafuso com curva à direita. A aeronave faz 180º no sentido de deslocamento, aqui ela sobe o nariz e entra em parafuso chato com curvas anti-horárias completando cinco voltas até a colisão com o solo.

O que diz a Voepass

A VOEPASS Linhas Aéreas reforça que está prestando todo o atendimento aos familiares das vítimas neste momento de profunda dor, para garantir que suas necessidades sejam atendidas.

O relatório preliminar divulgado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) confirma que a aeronave do voo 2283 estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido e com todos os sistemas requeridos em funcionamento.

Reforça também, como o relatório aponta, que ambos os pilotos estavam aptos para realizar o voo, com todas as certificações de pilotagem válidas e treinamentos atualizados.

Cabe lembrar que a investigação de um acidente aéreo é um processo complexo, que envolve múltiplos fatores e requer tempo para ser conduzida de forma adequada. Somente o relatório final do CENIPA poderá apontar, de forma conclusiva, as causas do ocorrido.

A VOEPASS atua em um setor altamente regulado e reforça que segue rigorosamente todos os protocolos que atestam a conformidade de toda sua frota, seguindo os padrões mais elevados da aviação internacional.

A empresa segue à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e segue apoiando as famílias em suas necessidades.

A VOEPASS Linhas Aéreas destaca ainda que  a segurança de seus passageiros e tripulação sempre foi e continuará sendo sua prioridade máxima.

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