Uma facção que já existe há pelo menos 20 anos em Santa Catarina resolveu aparecer de maneira mais assustadora no último sábado (19). Conheça o Primeiro Grupo Catarinense.
O Primeiro Grupo Catarinense surgiu em 2003 dentro dos presídios. Um grupo organizado para conter o avanço do PCC no Estado. Assim como a facção paulista, a criação foi a partir de superlotações em penitenciárias e as cadeias se tornaram escritórios do crime.
Carros queimados no meio da rodovia foram uma represália do PGC a ações policias. Um ataque em algumas regiões de Santa Catarina, principalmente, na Capital, Florianópolis. Para a Polícia, foi um ato isolado pela morte de um dos integrantes da facção.
O PGC quer dominar o tráfico de drogas no sul do país, maior fonte de renda. Além disso, age com a lavagem de dinheiro. Algumas lideranças conseguem organizar as ações até mesmo fora do país. O Andrézão, um dos líderes da facção, acabou preso no Paraguai.
A organização do PGC é parecida com a do Primeiro Comando da Capital. Uma disciplina rígida, ordens que saem dos presídios e lideranças bem definidas. O PGC é uma das poucas facções no país que conseguiu frear o avanço do PCC. Além disso, um outro grupo criminoso também age no Estado catarinense, que é a BNC - Bala na Cara, criada no Rio Grande do Sul, e também aparece nas investigações da Polícia Civil.
No tabuleiro do crime, duas facções são dominantes no sul do país, de um lado o Primeiro Grupo Catarinense e do outro o Primeiro Comando da Capital. O exército, fortuna e a força com armas da facção paulista deixam o PGC em desvantagem.
Mesmo assim a guerra é sangrenta. Cada peça fica de um lado, mas quando se encontram as mortes são inevitáveis. Por isso, o objetivo das duas facções é continuar com tráfico, mas com a maior descrição possível.
Na ação do último final de semana, que terminou com interdições e em carros incendiados, as Polícias Militar e Civil reagiram. Até esta terça-feira foram 39 presos, 2 mortos e um baleado. Todos do PGC