Conheça o Primeiro Grupo Catarinense, facção criada para conter o avanço do PCC em SC

O PGC quer dominar o tráfico de drogas no sul do país

Felipe Garraffa

Uma facção que já existe há pelo menos 20 anos em Santa Catarina resolveu aparecer de maneira mais assustadora no último sábado (19). Conheça o Primeiro Grupo Catarinense. 

O Primeiro Grupo Catarinense surgiu em 2003 dentro dos presídios. Um grupo organizado para conter o avanço do PCC no Estado. Assim como a facção paulista, a criação foi a partir de superlotações em penitenciárias e as cadeias se tornaram escritórios do crime. 

Carros queimados no meio da rodovia foram uma represália do PGC a ações policias. Um ataque em algumas regiões de Santa Catarina, principalmente, na Capital, Florianópolis. Para a Polícia, foi um ato isolado pela morte de um dos integrantes da facção.  

O PGC quer dominar o tráfico de drogas no sul do país, maior fonte de renda. Além disso, age com a lavagem de dinheiro. Algumas lideranças conseguem organizar as ações até mesmo fora do país. O Andrézão, um dos líderes da facção, acabou preso no Paraguai. 

A organização do PGC é parecida com a do Primeiro Comando da Capital. Uma disciplina rígida, ordens que saem dos presídios e lideranças bem definidas. O PGC é uma das poucas facções no país que conseguiu frear o avanço do PCC. Além disso, um outro grupo criminoso também age no Estado catarinense, que é a BNC - Bala na Cara, criada no Rio Grande do Sul, e também aparece nas investigações da Polícia Civil. 

No tabuleiro do crime, duas facções são dominantes no sul do país, de um lado o Primeiro Grupo Catarinense e do outro o Primeiro Comando da Capital. O exército, fortuna e a força com armas da facção paulista deixam o PGC em desvantagem. 

Mesmo assim a guerra é sangrenta. Cada peça fica de um lado, mas quando se encontram as mortes são inevitáveis. Por isso, o objetivo das duas facções é continuar com tráfico, mas com a maior descrição possível. 

Na ação do último final de semana, que terminou com interdições e em carros incendiados, as Polícias Militar e Civil reagiram. Até esta terça-feira foram 39 presos, 2 mortos e um baleado. Todos do PGC

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