Uma casa na zona rural de Cajamar, na Grande São Paulo, apontada como o suposto cativeiro para onde Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, passou por duas perícias em um intervalo de 24 horas. Na segunda delas, a investigação encontrou sangue humano no banheiro.
O imóvel onde morava Maicol Antônio Sales, um dos suspeitos de envolvimento no crime, passou por uma varredura minuciosa. O Brasil Urgente teve acesso à residência, por onde a garota pode ter passado.
O sangue encontrado no banheiro vai ser purificado em laboratório e só depois será possível tentar fazer o cruzamento com o DNA de Vitória. Os vestígios foram detectados por um cão farejador e confirmados com o uso de luminol, mas devido à pequena quantidade de sangue no local, a polícia já tem convicção que a adolescente não foi morta no local.
A investigação não descarta a possibilidade de Vitória ter sido levada ao imóvel logo após o sequestro e até mesmo torturada no local, mas já trabalha com a suspeita de um possível segundo cativeiro.
Durante os trabalhos, os peritos do Instituto de Criminalística de São Paulo chegaram a usar um scanner. O equipamento ultramoderno permite fazer um mapeamento virtual da área e pode ajudar a polícia a reconstituir o cenário do crime que mobilizou o país.
O corpo da jovem só foi localizado uma semana depois do desaparecimento, em uma região de mata de Cajamar. A garota apresentava sinais de tortura, estava com o cabelo raspado e com três perfurações pelo corpo, uma delas no pescoço.
Maicol segue preso e o carro dele apreendido. A polícia acredita que o veículo dele foi usado no sequestro da vítima. No porta-malas, peritos colheram uma pequena quantidade de sangue que também vai ser cruzado com o DNA da vítima. A investigação ainda tenta esclarecer a motivação do crime e trabalha com a suspeita de outros envolvidos na execução.