
Mais perguntas do que respostas uma semana depois do encontro do corpo da jovem Vitória. Quem mandou matar? A motivação? Quais são os envolvidos? Qual a relação do suspeito preso com os outros investigados? Quem poderá responder a maioria dos questionamentos será a perícia. Algumas já foram feitas desde o momento que o corpo foi localizado em uma área de mata fechada.
A polícia já refez algumas vezes os últimos passos de vitória para que novos elementos possam ser descobertos e entender, sobretudo, a dinâmica do crime. Os policiais estiveram no ponto de ônibus onde vitória desceu no dia 26 de fevereiro, antes de desaparecer.
O local fica a cerca de 700 metros da casa onde ela morava com os pais. Os policiais conversaram com o dono de um bar que fica em frente ao ponto. Depois, seguiram rumo à casa da vítima. No caminho encontraram uma testemunha importante do caso. Matheus era um dos passageiros que estavam no segundo ônibus que a garota pegou naquela noite, antes de sumir.
Matheus revelou aos policiais que teria visto um carro do lado de fora, mas não sabe dizer se era algum dos veículos investigados. Aparece nesse momento Maicol Antonio Sales dos Santos e de um outro investigado, conhecido como Daniel.
O primeiro seria o motorista e dono do carro usado para arrebatar a vítima, de um Corolla prata. O segundo, um homem que teria um relacionamento amoroso com o ex-namorado da adolescente.
Na garagem da casa dele estava o Corolla prata, Maicol foi preso depois de apresentar contradições nos depoimentos. Ele teria dito que na noite do crime dormia com a esposa, mas ao ser ouvida, a mulher não confirmou a versão. Ela revelou não ter passado a noite com o marido, já que estava na casa da mãe naquele dia.
O Corolla prata foi periciado para identificar se dentro do carro teria algum vestígio de sangue ou algum tipo de material genético que possa ser recolhido, como fios de cabelo, por exemplo. Daniel não foi preso, mas foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Ele teve o celular e o carro, um corsa branco, apreendidos para perícia.
O cão ‘Rambo’ fez uma varredura pelo veículo em busca de sangue e odor de cadáveres. Apesar da agitação do cão, peritos colheram amostras, mas até agora nada foi revelado.
O teste do luminol foi utilizado, que serve em um primeiro momento, para identificar sem a presença de luz solar algum rastro, nesse caso, de sangue. A GCM de Cajamar encontrou roupas femininas e uma quantidade expressiva de fios de cabelo perto do local onde o corpo de vitória foi achado.
Todo o material foi recolhido e enviado para perícia. O resultado deverá sair em até 30 dias. Após apreensão do Corolla prata de Maicol, peritos resolveram fazer mais uma análise. Os trabalhos ficaram concentrados principalmente no porta-malas, portas e banco traseiros.
A luz azul e os óculos laranja foram utilizados para busca de material orgânico. Conteúdos foram coletados e diversas fotos tiradas, mas, por enquanto, não há uma conclusão se o veículo foi utilizado, por exemplo, como transporte do corpo, mas houve a confirmação preliminar de que foi encontrado sangue humano no porta-malas do carro dele.
Essa semana, uma análise minuciosa foi feita por peritos do instituto de criminalística no local apontado como a casa de Maicol, que fica no mesmo bairro em que vitória morava junto com a família, uma região de chácaras.
Segundo vizinhos, o homem morava na residência no dia em que vitória desapareceu e teria se mudado no último sábado. Os peritos fizeram uma análise no imóvel para saber se vitória não ficou como refém dentro da casa de Maicol. Um cachorro especializado em farejar odores de sangue foi utilizado na ação.
A perícia começou pela tarde, mas se estendeu até a noite, para que fosse utilizado o luminol, e apontar possíveis marcas de sangue. Por enquanto, nada foi encontrado na casa, mas apenas o resultado da perícia poderá confirmar, que deverá sair em até 30 dias.
A polícia continua as buscas pelo possível cativeiro de vitória, já que a investigação aponta que ela teria sido mantida em cárcere por cerca de dois dias. Além disso, a investigação quer saber se a jovem foi vítima também de violência sexual. Enquanto os resultados periciais não saem, a polícia tentar confrontar investigados em busca de algum tipo de confissão.
O Brasil Urgente usou a tecnologia da Inteligência Artificial para refazer os últimos passos da jovem, que foi encontrada morta em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo, após ficar desaparecida por uma semana.
Entenda o caso
A jovem, de 17 anos desapareceu em 26 de fevereiro, após deixar o trabalho como operadora de caixa, em um restaurante, em um shopping em Cajamar. Ela tinha começado a trabalhar no local apenas quatro dias antes. Por ser distante de onde a jovem morava, o pai estava indo buscá-la, mas naquele dia o carro estava quebrado e ela teve que retornar de ônibus.
Vitória ficou desaparecida por uma semana. O corpo dela foi encontrado em uma área de mata, em Cajamar, a cerca de 5km de onde ela morava. Foram cães farejadores que a localizaram. Ela estava sem roupas, com o cabelo raspado, marcas de machucado pelo corpo e as mãos cobertas por um saco plástico. A polícia apura se os criminosos envolvidos na morte de vitória têm envolvimento com o crime organizado.