Caso Vitória está perto de um desfecho e novas prisões podem acontecer, diz perito

Em entrevista ao Brasil Urgente, o perito forense Cleiton Sá declarou que a investigação sobre a morte de Vitória Regina de Sousa ‘está chegando ao fim’

da redação

O perito forense Cleiton Sá declarou em entrevista ao Brasil Urgente que a investigação da morte da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, está próximo de um desfecho e que novas prisões devem acontecer. 

“O caso agora está chegando ao fim. O desfecho do acontecido com o caso Vitória se deu de uma sequência de casos atípicos depois que ela saiu do trabalho dela, porque o motorista do ônibus que estava nesta linha não era o que deixava num ponto que não era oficial, mas que a deixava em um ponto na frente de um bar que tinha a frente asfaltada e iluminada”, afirmou o perito. 

“Como era um motorista novo, a deixou num local um pouco mais escuro e isso ajudou no arrebatamento dela. Com as perícias que já chegaram e com as poucas que ainda devem chegar, acredito que no caso de Maicol já está fechado. Tem outras situações se teve a participação de mais alguém, ocultação de cadáver, querer esconder provas do que aconteceu… A polícia vai estar fechando isso, mas pode ter certeza que novas prisões podem acontecer”, finalizou Cleiton Sá.

Investigação 

E um novo elemento surge na investigação. O mecânico do pai de Vitória também fazia serviços para Maicol. No dia do desaparecimento da jovem, o carro do pai dela estava na oficina. O suspeito pode ter visto o veículo na mecânica ou até mesmo ter obtido informações sobre ele estar danificado. E exatamente isso pode ter sido um gatilho para o crime

Outra peça desse quebra-cabeça é o depoimento de um homem apontado como melhor amigo de Maicol. Ele compareceu à delegacia, mas estava embriagado. Por isso as declarações não foram colhidas. A polícia aguarda um novo depoimento dele na segunda-feira.

Algumas respostas podem estar nos laboratórios da polícia técnico-científica. Os peritos analisam o sangue encontrado na casa de Maicol, que pode ter sido usada como cativeiro e no tapete do Corolla prata.

Também são analisados fios de cabelo achados no carro do suspeito e na mata onde o corpo foi deixado. Durante a semana, Maicol foi ao IML para exame de DNA e coleta de impressões digitais. 

Desaparecimento de Vitória 

A Vitória trabalhava em um shopping da região e desapareceu na noite de 26 de fevereiro, quando voltava para casa após o expediente. Imagens de câmeras de segurança mostram Vitória caminhando em direção a um ponto de ônibus –  trajeto que costumava fazer diariamente. 

Dois homens em um carro pararam brevemente para conversar com ela. Desconfiada da abordagem, a jovem enviou mensagens para uma amiga, expressando seu desconforto com a atitude da dupla. 

Enquanto ela ainda estava no local, outros dois homens chegaram ao ponto e também permaneceram ali. Os três embarcaram no ônibus, mas, segundo Vitória, eles teriam descido antes dela.

De acordo com o  depoimento do motorista do ônibus, ela desceu sozinha no mesmo local de sempre, em uma estrada de terra do bairro Ponunduva, região de chácaras onde vivia com a família. Esse foi o último lugar onde foi vista.

Quando Vitória foi encontrada?

O corpo de Vitória foi encontrado na tarde de quarta-feira (5) em uma área de mata fechada em Cajamar, a cerca de 5 quilômetros de sua casa, já em estado avançado de decomposição. Ela foi identificada pelos familiares através de uma tatuagem de borboleta na perna e um piercing no umbigo.

O corpo foi encaminhado ao IML de São Paulo, onde exames revelaram sinais de tortura e indentificou marcas de facadas no pescoço, rosto e tórax, tido como o ferimento fatal. A Polícia não divulgou informações sobre possíveis sinais de abuso sexual.

O delegado do caso, Aldo Galeano, disse ao Brasil Urgente que a garota estava com o cabelo raspado, degolada e apresentava vestígios de sacos plásticos nas pontas dos dedos, o que indicaria uma tentativa dos envolvidos de se protegerem contra possíveis arranhões, uma vez que isso poderia deixar material genético dos criminosos nas unhas da vítima.

Galeano acredita que, dada a crueldade do crime, seria pouco provável o envolvimento de uma única pessoa. O fato da jovem ter tido seu cabelo raspado também indica que o crime tenha acontecido por vingança, padrão frequentemente visto em casos de envolvimento passional com alguma pessoa ligada ao crime organizado.

A Polícia também acredita que o local onde Vitória foi encontrada não é o mesmo onde o crime aconteceu. Pelo nível de decomposição do corpo, estima-se que ela tenha sido morta no fim de semana e seu corpo estivesse no local há pelo menos quatro dias.

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