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Caso Vitória: depoimentos apontam contradições de principal suspeito pela morte de jovem

Ele continua preso e a polícia aguarda dados dos celulares apreendidos de outros investigados para saber se ele agiu sozinho ou contou com a participação de terceiros no crime

Felipe Garraffa

O Brasil Urgente conseguiu acesso aos depoimentos prestados por Maicol, o principal suspeito pela morte de Vitória Regina, de 17 anos, em Cajamar, na Grande São Paulo. Ele continua preso e a polícia aguarda dados dos celulares apreendidos de outros investigados para saber se ele agiu sozinho ou contou com a participação de terceiros no crime. 

Para a investigação, não há dúvidas que Maicol planejou o assassinato da jovem e que ele entrou na cena do crime a partir de uma denúncia de uma testemunha que viu o seu carro próximo à casa de Vitória. 

Vitória desapareceu na madrugada do dia 27 de fevereiro. Três dias depois, 2 de março, Maicol foi chamado pela Polícia para prestar depoimento. Ele disse "que soube por um amigo que o nome dele estava sendo citado no desaparecimento da Vitória por causa do Corolla. Ele relata que só conhecia Vitória de vista e soube do desaparecimento através de burburinho, já que não possui redes sociais”. 

Depoimentos

No dia 7 de março, um dia antes de ser preso, ele foi chamado, novamente, para conversar com a investigação. Deu mais detalhes do que fazia na noite do dia 26 de fevereiro e afirmou que, por volta das 21h se preparou para ver o jogo do Corinthians e ficou acordado até às 23h30, quando se despediu da namorada por mensagem. 

Maicol também informou que seu Corolla prata estava funcionando bem até o último dia de semana, quando começou a apresentar problemas de bateria. Sua moto estava com dois pneus furados e ele comprou pneus novos nesta data. Não esteve perto dos bares em que Vitória desapareceu. Só conhecia a vítima de vista, mas chegou a jogar bola com o irmão dela.

Ele também confirmou que fazia reparos em carros e motos de amigos, mas sempre até às 21h, nunca além desse horário. A partir daí entra um outro personagem importante. O motorista da van escolar que afirmou ter visto o carro de Maicol parado e dentro estava uma pessoa. 

Testemunha diz que viu carro de Maicol 

O motorista disse aos policiais que passou próximo aos bares em que Vitoria desapareceu e viu o Corolla Prata do Maicol. Dentro do carro, viu que tinha uma pessoa, não sendo possível reconhecer se era Maicol, por causa da escuridão, e do fato da pessoa parecer usar capuz. 

Na manhã seguinte, mandou uma mensagem para a esposa de Maicol em um tom de brincadeira dizendo que viu os dois fazendo "arte" dentro do carro, porque acreditava que o Maicol estava com a esposa lá dentro. No entanto, ela respondeu de forma seca e perguntou onde tinha visto, com quem e outros detalhes. Depois, ela confirmou que não estava com Maicol e que acreditava que estava sendo traída. 

Em seguida, contou que ela foi tirar satisfação com Maicol e ele justificou que não era ele e que deveria ser um carro semelhante, o que o motorista garantiu que não. A esposa de Maicol foi chamada pela Polícia e afirmou que ela e Maicol não dormiram juntos naquela noite, além de cobrar Maicol sobre a história apresentada pelo motorista, já que ele havia falado para ela que estava dormindo, mas o carro dele foi visto. 

Maicol sustentou que estava realmente em casa. Depois da briga do casal, seguiram a vida normalmente no dia seguinte, até que a mulher tomou conhecimento, através de reportagens, que o carro de Maicol estava sendo citado na investigação. 

Suspeito mantinha fotos de Vitória no celular

A Polícia concluiu que ele mentiu no depoimento quando afirmou que não usava redes sociais, mas o celebrite, aparelho que recupera dados apagados do celular, comprovou que Maicol não só usava as redes sociais, mas também perseguia na internet a jovem Vitória desde o ano passado. 

Fotos da vítima foram printadas e encontradas no celular do principal suspeito do crime. Não somente foto de Vitória, mas de outras 12 jovens garotas com mesmo perfil físico, cabelos longos pretos e de pouca idade.

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