Foi uma publicação de Vitória que atraiu Maicol até o ponto de ônibus onde a jovem desceu para ir para casa. A afirmação foi feita pelo criminoso durante a confissão do assassinato.
A adolescente de 17 anos tirou a foto enquanto esperava o segundo ônibus às 23h21 em um ponto em Cajamar, na Grande São Paulo. Maicol visualizou a postagem 0h06 e a partir daí colocou o plano em prática.
Na confissão à polícia o operador de empilhadeiras contou que foi esperar Vitória em um dos pontos onde ela poderia descer, mas como a vítima não desceu, decidiu ir embora. Durante o trajeto para casa, que passa pelo ponto final de vitória, viu que a jovem tinha descido e a chamou para conversar.
Em depoimento, o criminoso disse que chegou a ter um envolvimento com Vitória um ano e meio atrás, apenas com troca de carinhos. Naquela época ele já estava se relacionando com a atual esposa. Segundo Maicol, a adolescente passou a ameaçá-lo dizendo que contaria sobre o deslize à mulher dele. O criminoso alegou que foi por esse motivo que foi conversar com Vitória.
Maicol relatou que a jovem entrou no carro dele por livre e espontânea vontade e que ele começou a pedir que ela não falasse nada sobre o deslize à esposa. Segundo ele, Vitória se exacerbou, tentou lhe agredir, e arranhou o pescoço e um dos braços dele.
Maicol disse que acabou se exaltando, pegou uma faca, que costumava carregar na lateral do banco, e golpeou vitória no pescoço. Depois, próximo ao peito. Segundo ele, a vítima não chegou a gritar, desfaleceu logo após o segundo golpe.
Maicol contou que entrou em desespero e que dirigiu até a casa dele. Disse que colocou o corpo de vitória no porta malas e pegou uma enxada na própria residência. O criminoso levou o cadáver até uma região de mata e o despiu da cintura pra baixo.
Maicol disse que pretendia enterrar o corpo, e que o fez em uma cova rasa. O assassino contou que abandonou o local e foi embora para casa. Tirou as roupas de vitória do porta malas e deixou do lado de fora da residência, tomou um banho e se deitou, mas não conseguiu dormir. Maicol alega que não falou com ninguém a respeito do ocorrido.
O Brasil Urgente usou a tecnologia da inteligência artificial para reconstituir o caso Vitória com base no depoimento do principal suspeito, Maicol.
Na tarde desta quarta-feira (19), questionado por jornalistas momentos antes de ser transferido para o CDP de Guarulhos, na Grande São Paulo, Maicol chegou a negar a confissão da autoria do crime.
O que aconteceu?
A Vitória trabalhava em um shopping da região e desapareceu na noite de 26 de fevereiro, quando voltava para casa após o expediente. Imagens de câmeras de segurança mostram Vitória caminhando em direção a um ponto de ônibus – trajeto que costumava fazer diariamente.
Dois homens em um carro pararam brevemente para conversar com ela. Desconfiada da abordagem, a jovem enviou mensagens para uma amiga, expressando seu desconforto com a atitude da dupla.
Enquanto ela ainda estava no local, outros dois homens chegaram ao ponto e também permaneceram ali. Os três embarcaram no ônibus, mas, segundo Vitória, eles teriam descido antes dela.
Segundo o depoimento do motorista do ônibus, ela desceu sozinha no mesmo local de sempre, em uma estrada de terra do bairro Ponunduva, região de chácaras onde vivia com a família. Esse foi o último lugar onde foi vista.
Quando Vitória foi encontrada?
O corpo de Vitória foi encontrado na tarde de quarta-feira (5) em uma área de mata fechada em Cajamar, a cerca de 5 quilômetros de sua casa, já em estado avançado de decomposição. Ela foi identificada pelos familiares através de uma tatuagem de borboleta na perna e um piercing no umbigo.
