
O inquérito policial sobre o desaparecimento e morte de Vitória Regina, de 17 anos, pode durar de um a dois meses. Os advogados de Maicol contestam a confissão do homem, e podem pedir à Justiça a anulação do que foi dito pelo homem para a polícia.
Agora, a polícia aguarda a chegada de laudos periciais, como a análise das amostras de sangue no porta-malas e no banheiro de Maicol Antônio Salves. Além disso, até o momento, dos nove celulares apreendidos, a perícia foi realizada apenas em três deles.
Com a quebra do sigilo telefônico e a extração dos dados dos aparelhos, a partir do programa “celebrite”, a polícia pretende esclarecer detalhes sobre o que aconteceu na noite em que Vitória foi morta.
Confissão
No interrogatório dado à polícia, no dia 17, Maicol afirmou que agiu sozinho. Ele contou que sabia que Vitória estava retornando para casa depois de ver uma postagem da garota em uma rede social. Além disso, ele tinha informações de que a vítima teria que caminhar sozinha do ponto de ônibus até a casa da família, já que o carro do pai estava quebrado naquele dia.
Segundo Maicol, ele foi de carro até o local e aguardou pela jovem. Quando ela chegou, ele a chamou para entrar no veículo, o que, segundo ele, ela o fez. No carro, teria acontecido uma discussão entre os dois. O suspeito, então, a esfaqueou.
Ainda de acordo com o criminoso, ele a colocou no porta-malas já morta e, em seguida, abandonou o corpo em uma área de mata.
Mesmo com a confissão de Maicol, a polícia ainda suspeita que outras pessoas possam ter ajudado o homem. Ele foi preso temporariamente no dia 8 de março, e ficou detido na delegacia de Cajamar por 12 dias. Na tarde desta quarta-feira (19), ele foi transferido para o CDP de Guarulhos por questões de segurança.