Caso Renan: Três novas vítimas denunciam falso entregador por assalto

As pessoas dizem ter reconhecido Axcel através das imagens de sua prisão pela morte do jovem Renan Silva Loureiro

Marcelo Moreira

Três vítimas procuraram o Departamento Estadual de Combate ao Crime Organizado (Deic) para prestar queixa contra Axcel Gabriel de Holanda Peres. 

As pessoas dizem ter reconhecido Axcel através das imagens de sua prisão pela morte do jovem Renan Silva Loureiro, de 21 anos, que foram exibidas pelo Brasil Urgente. 

Elas devem ir até o prédio do Deic para prestar depoimento e fazer reconhecimento pessoal do acusado.

Acxel Gabriel de Holanda Peres, de 23 anos, se entregou à polícia na última semana e confessou ter matado Renan na frente da namorada enquanto ambos voltavam para casa.

O rapaz havia sido identificado pelos policiais como o falso entregador de aplicativo de delivery autor vários roubos na região do bairro Jabaquara, na zona sul da capital, onde Renan foi morto durante abordagem em assalto. Ele vai responder na Justiça por latrocínio, o roubo seguido de morte.

Acxel foi preso após intensa operação policial durante toda a semana na capital paulista. Mais de 100 policiais foram mobilizados na busca por ele.

Ele está detido na carceragem do Deic. A Justiça confirmou a prisão temporária por 30 dias após uma audiência de custódia.

Assassino confesso de Renan disse que tinha dívida com agiota

Vídeo mostra que jovem se ajoelhou antes de ser morto por falso entregador em SP

Um vídeo de uma câmera de segurança mostrou o momento do crime em que Renan se ajoelhou e disse "eu não tenho nada" antes de ser morto pelo falso entregador, em Jabaquara. Ele levou quatro tiros ao reagir e tentar proteger a namorada. 

Passagens pela polícia

A polícia identificou que o suspeito de ser o autor dos disparos que mataram Renan Silva Loureiro já tem passagem por porte ilegal de armas, além apreensões por delitos quando era menor de idade.

O aplicativo de entrega cuja mochila foi usada por Acxel confirma que ele estava cadastrado na plataforma, mas não realizou nenhuma entrega.

Durante o tempo em que esteve foragido, o suspeito e seu pai foram flagrados tentando vender um veículo, mas a repercussão do caso fez com que desistisse do negócio. Segundo a Polícia Civil, a ideia dele era usar o dinheiro para deixar o Estado de São Paulo.