O carro do principal suspeito pela morte da menina Lara Maria Oliveira Nascimento, de 12 anos, foi periciado pela polícia. No entanto, os investigadores disseram que o veículo foi lavado antes de ser abandonado como uma tentativa de dificultar o trabalho dos agentes.
Para chegar ao paradeiro do principal suspeito a polícia convocou funcionários do mercadinho onde Lara foi vista pela última vez com vida. O conteúdo dos depoimentos ainda são mantidos em sigilo.
Além de funcionários, outras pessoas envolvidas no caso foram chamadas para ser ouvidas. Qualquer novo detalhes pode ser uma peça chave na investigação.
Atualmente, o único suspeito de envolvimento na morte de Lara é um homem que dirigia um carro prata flagrado por câmeras de segurança próximo ao mercadinho que a garota tinha ido para comprar refrigerante.
Segundo informações obtidas pela Band, os investigadores conseguiram contato com o suspeito. O homem foi chamado para conversar na delegacia e confirmou que iria. No entanto, ele nunca apareceu. A Justiça já expediu um mandado de prisão temporária contra ele, que é considerado foragido.
A real dona do carro que foi apreendido deu depoimento aos investigadores e revelou que já teve um relacionamento com o homem considerado suspeito e emprestou recentemente o veículo para ele.
A mulher também afirmou que emprestar o carro para o homem era algo frequente. Ambos estão com a identidade preservada para não atrapalhar a investigação.
Tio da menina que está preso deve prestar depoimento
O advogado da família de Lara Nascimento solicitou ao delegado responsável pelas investigações do caso o depoimento formal de um tio da menina que cumpre pena em regime semiaberto por tráfico de drogas em uma penitenciária no interior de São Paulo.
No período em que a menina desapareceu, ele estava de saída temporária da prisão. O nome do parente chegou a ser cogitado nas investigações como um possível suspeito.
O advogado do tio da menina diz que ele quer contar a versão dele também para o delegado para detalhar o que aconteceu desde a saída dele de Bauru no dia 15 até seu retorno, após o velório de Lara.
A polícia ainda estuda se o depoimento do tio de Lara vai ser feito por vídeo conferência ou se o delegado vai até Bauru, interior de São Paulo para ouvi-lo pessoalmente. O familiar, até então, não é considerado suspeito e, segundo a defesa, tem um álibi. Disse que durante o período de saidinha esteve o tempo todo ao lado da esposa e que pode provar.
O caso
Lara, de 12 anos, foi encontrada em uma região de mata na Grande São Paulo, na tarde do último sábado (19) a seis quilômetros de onde mora. A menina saiu de casa para comprar refrigerante e não voltou mais. De acordo com a Polícia Militar (PM), alguém viu o cadáver e acionou as autoridades.
A menina estava desaparecida desde a quarta-feira (16). Ela morava no bairro Parque Santana, na cidade de Campo Limpo Paulista (SP).