Caso Henry: Polícia não vê necessidade de 2º depoimento de Monique

Investigadores acreditam ter provas suficientes contra mãe do menino, morto em março

Da Redação, com Brasil Urgente

Investigação não vê necessidade de ouvir novamente a mãe do menino, morto em março
Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro não deverá colher um segundo depoimento de Monique Medeiros a respeito da morte do filho dela, Henry Borel, no dia 8 de março. O menino tinha 4 anos. A informação é do Brasil Urgente.

De acordo com fontes da Polícia, não há a necessidade de Monique prestar um segundo depoimento. Os investigadores acreditam ter provas suficientes contra ela, que tenta, por meio de advogados, ser ouvida novamente.

Monique está presa desde 8 de abril em decorrência da investigação. Dr. Jairinho (sem partido), vereador no Rio de Janeiro e padrasto do menino, também está preso.

A defesa da mãe de Henry foi até a delegacia na segunda-feira (26) para protocolar uma carta escrita por ela dentro da cadeia. O documento de 29 páginas é visto pelos investigadores como um instrumento de pressão para ela ser ouvida novamente.

Na carta, Monique relata agressões, ciúmes e manipulação contra ela cometidos por Dr. Jairinho. Ela mudou completamente a versão dita a primeira vez a Polícia.

Monique alegou que, no dia da morte, encontrou Henry já desacordado ao lado de Jairinho. Ela ainda afirma que mentiu no primeiro depoimento pois era dopada é ameaçada pelo namorado.

Segundo a defesa de Monique, o inquérito que apura a morte de Henry não pode ser encerrado com "contradições internas".

“A oitiva da Monique nesse primeiro momento é de extrema importância. É necessário que essa oitiva seja feita. Acreditamos que a autoridade policial não será negligente ao ponto de não ouvi-la. É o que nós estamos reiteradamente pedindo, de forma bem diligente, de forma bem honesta, para que possa ser ouvida novamente”, diz o advogado Thiago Minagé.

A Polícia Civil espera concluir essa semana o inquérito. Para entregar o documento oficial ao Ministério Público, falta apenas o laudo final da perícia do celular de Jairinho. A mãe e o padrasto de Henry devem ser indicados por homicídio duplamente qualificado com emprego de tortura e sem chance de defesa da vítima.

Enquanto o inquérito se encaminha para o fim, Monique segue isolada em um hospital penitenciário diagnosticada com Covid-19 e Jairinho isolado também em Bangu 8. Ele ainda segue afastado dos outros detentos pois pediu atendimento psiquiátrico recentemente.

Segundo a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), por conta do protocolo da pandemia, cada vez que o detendo sai da cela começa novamente a contagem de isolamento.

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