Um cheque assinado por Anne Cipriano Frigo é uma das provas que o DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil de São Paulo, tem para demonstrar à Justiça que a empresária pagou pela morte do companheiro, Vítor Lúcio Jacinto. As informações são do Brasil Urgente.
O cheque foi entregue à polícia por uma parente do corretor Carlos Alex Ribeiro de Souza, amigo dos envolvidos e do acusado de executar a vítima.
A milionária, acusada de planejar a morte do companheiro depois de descobrir uma possível traição, nega envolvimento no crime. O crime ocorreu em junho.
Carlos Alex, que atraiu Vitor até a rodovia Castelo Branco e o matou com um tiro à queima-roupa, confessou o homicídio e a desova do corpo, encontrado em uma área de mata à beira da represa de Guarapiranga, zona sul de São Paulo.
O corretor ainda apontou a empresária como mandante do crime. Ele afirmou em depoimento que a recompensa foi justamente o cheque, de R$ 200 mil, que está anexado ao processo.
Mesmo assim, a Justiça revogou a prisão preventiva de Anne. Agora, a acusada do crime no começo de junho responderá em liberdade ao crime de homicídio qualificado – pelo menos até o julgamento, que não tem data para acontecer.
A defesa alegou que a acusada é ré primaria e tem residência fixa. Segundo despacho do juiz, Anne Frigo não poderá deixar o país, deve entregar o passaporte e se apresentar à Justiça sempre que for convocada. A Polícia Civil tem receio que a acusada deixe o Brasil, como pretendia até ser presa no fim de junho.
O processo segue em segredo de justiça, mas o DHPP aguarda as quebras dos sigilos telefônico e bancário para chegar a novas provas, que poderiam demonstram a participação direta da empresaria no homicídio.
“Não temos dúvida alguma que ela é a mandante”, afirmou o delegado Fábio Pinheiro Lopes, diretor do DHPP, ao Brasil Urgente.
Carlos, apontado como executor, continua preso. Anne, dona de uma empresa de papelão, passou 40 dias na cadeia, e voltou na terça-feira (10) ao apartamento de luxo onde mora, na zona sul de São Paulo, avaliado em R$ 20 milhões.