Cantora trans assassinada no Mato Grosso teria ignorado advertências do Comando Vermelho

Vítima foi encontrada com as mãos e pernas amarradas e com a cabeça decapitada em uma região de mata

Da redação

Cantora trans Santrosa foi assassinada em Sinop (MT)
Reprodução/Instagran/@santrosa

A cantora e modelo trans Santrosa teve a vida interrompida aos 27 anos. O crime aconteceu em Sinop, a cerca de 500 quilômetros de Cuiabá, no Mato Grosso. A vítima foi encontrada com as mãos e pernas amarradas e com a cabeça decapitada em uma região de mata, um dia depois de desaparecer.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa assumiu a investigação do caso. De acordo com a polícia, a cantora foi assassinada após descumprir ordens do comando vermelho, uma das principais facções criminosas do país. 

Segundo a investigação, a modelo estaria vendendo drogas em uma área dominada pela facção. Essa informação chegou a polícia através de um amigo da vítima.0020

Santrosa teria sido advertida pelo comando vermelho, mas seguiu com o comércio de drogas sintéticas, principalmente em festas. A facção, então, decidiu matar a cantora. A possibilidade de um crime de transfobia foi descartada pelo delegado responsável pelo caso. 

A cantora era querida na região onde morava e costumada participar de festas e eventos. Ela estava como suplente de vereadora no município e concorreu ao cargo nas últimas eleições pelo PSDB. 

Além disso, a artista representou a cidade de Sinop no concurso Miss Mato Grosso deste ano. 

A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Mato Grosso lamentou o crime e pediu rigor nas investigações. Até o momento, ninguém foi preso. 

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