Banco de policial preso tentou fazer parceria de R$ 100 milhões com o Corinthians

Banco teria como sócios ocultos os traficantes mortos Alselmo Bechelli Santa Fausta, o “Cara Preta”, chefão do PCC, e Rafael Maeda, o “Japa”

Por Lucas Martins

"Projeto Corinthians". Este é o nome da proposta enviada pelo 2GO Bank ao time do Parque São Jorge. Entre outros objetivos da empresa, a criação do “Banco Corinthians”. O Brasil Urgente teve acesso ao documento enviado ao Timão, no dia 31 de outubro.

A proposta é assinada pelo CEO do 2 GO Bank, Cyllas Elia, policial civil preso pela Polícia Federal (PF). O banco teria como sócios ocultos os traficantes mortos Alselmo Bechelli Santa Fausta, o “Cara Preta”, chefão do PCC, e Rafael Maeda, o “Japa”.

A proposta prevê um pagamento ao Corinthians de R$ 100 milhões, em quatro parcelas anuais de R$ 25 milhões, cada.

O documento inclui o gerenciamento do programa de sócio-torcedor, dos sistemas de pagamentos do clube, do banco de dados para reconhecimento facial nos pagamentos, vendas de ingressos e fornecimento e venda de alimentos e bebidas na arena do Timão na Zona Leste de São Paulo.

A proposta enviada ao Corinthians tinha validade de cinco dias. Oficialmente, o clube disse que não vai se manifestar sobre o tema. Informalmente, pessoas ligadas ao time disseram que foi apenas mais uma entre dezenas recebidas pela diretoria e sequer foi respondida.

Cyllas Elia se afastou da polícia no fim do ano passado para se dedicar ao banco. A empresa teria movimentado, sozinha, R$ 6 bilhões, enquanto o grupo do qual fazia parte, junto com mafiosos chineses, movimentou incríveis R$ 120 bilhões.

Além do policial civil, a PF prendeu um capitão da polícia militar que atuava, diretamente, com os governadores desde 2012.

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