No Rio de Janeiro, as balas perdidas não escolhem hora nem lugar. Em todo o ano de 2024, pelo o menos 104 pessoas foram vítimas desses disparos. Dessas, 22 não resistiram e morreram.

Rosângela Silva, de 58 anos, tomava sol, na piscina de um condomínio da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, quando foi atingida. A vítima foi encaminhada ao hospital, atendida e passa bem.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro disse que não fazia operação na região quando Rosângela foi baleada de raspão. A Polícia Civil investiga a origem do disparo. A vítima já foi ouvida. Os policiais sabem que o tiro partiu de alguma das comunidades da Gardênia Azul.

O bairro fica a cerca de 3 km da Vila do Pan, onde a mulher foi atingida. A região, antes controlada pela milícia, agora está tomada por traficantes do Comando Vermelho.

No fim de novembro, um disparo atingiu a janela de um dos apartamentos do condomínio Península, também na Barra da Tijuca. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

Menos de um mês depois, uma médica da Marinha foi atingida por uma bala perdida, no Hospital Naval, na Zona Norte da cidade. Gisele Mendes de Souza e Mello estava em uma palestra na unidade quando foi baleada. A militar chegou a ser internada, mas morreu horas depois.

A PM fazia uma operação perto do hospital, quando Gisele foi atingida. Segundo a corporação, os agentes foram atacados por criminosos na comunidade do Gambá.

Pouco depois da tragédia, militares da Marinha, com uso de blindados, passaram a patrulhar e reforçar a segurança do entorno do complexo, formado por 16 favelas.

O caso mais recente teria ocorrido no Réveillon de Copacabana, segundo denúncia do pai de uma jovem. Em vídeo postado nas redes sociais, ele chorou ao revelar que a filha foi baleada. A Polícia Civil investiga a origem do disparo.