Bailarina do tráfico: Justiça nega pedido de liberdade para influencer

Na decisão, o ministro do STJ ressalta a relação dela com um dos principais líderes do PCC

Marcelo Moreira

A Justiça negou um pedido de liberdade provisória em desfavor da influenciadora digital e bailarina de 34 anos. Ela é acusada de envolvimento com o crime organizado.

A decisão de manter a mulher atrás das grades é do Superior Tribunal de Justiça, assim, a influenciadora continuará presa na penitenciaria de Franco da Rocha, Grande São Paulo. Na decisão, o ministro do STJ ressalta a relação dela com um dos principais líderes do PCC e uma movimentação financeira suspeita de R$ 15 milhões nos últimos 10 anos.

A quebra do sigilo bancário mostrou também transferências sem comprovação na conta da empresa da influencer. Presa há 40 dias, a influenciadora responde por lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e organização criminosa.

Ao ser detida, ela guardava em casa R$ 120 mil em dinheiro. No imóvel, os policiais apreenderam um carro de luxo, bolsas de grife onde estava o dinheiro, joias, celulares e notebooks.

O processo é da Justiça do Rio Grande do Norte, mas, a prisão preventiva foi cumprida por policiais civis de São Paulo. A investigação descobriu a proximidade de Natacha com um dos líderes do PCC.

Segundo a justiça potiguar, ela fazia parte do núcleo financeiro do grupo criminoso, a célula era responsável por movimentar milhões de reais do tráfico internacional de drogas através de contas de laranjas, pessoas que emprestavam os dados para receber dinheiro do crime em troca de uma recompensa financeira. Uma estratégia do PCC para ocultar bens.

Ainda de acordo com o ministério público do Rio Grande do Norte, até ser presa na zona sul de São Paulo, a influenciadora teria um relacionamento com um dos líderes da facção, incluindo visitas no presidio federal em Brasília. Ela também manteria contato com um dos filhos do criminoso para combinar a logística das visitas e entregar cartas ao pai.

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