A Polícia Militar encontrou nesta quinta-feira (7) um arsenal do PCC que foi usado no ataque a bancos em Araçatuba. As armas, munições e equipamentos de proteção estavam em um “bunker” construído atrás de paredes falsas em uma chácara em Parelheiros, extremo sul de São Paulo.
As imagens da operação foram exibidas no Brasil Urgente. De acordo com a PM, a ação partiu de uma denúncia anônima feita no âmbito da investigação do mega-assalto que informava que ali, onde até 6 meses atrás funcionava uma casa de custódia para menores infratores, eram realizadas reuniões de integrantes da facção criminosa paulista.
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Assim que chegaram, os policiais do 5º BAEP foram recebidos a tiros e reagiram. Dois criminosos que tomavam conta do imóvel morreram. Em seguida, a suspeita se confirmou. Eles estouraram o "bunker" e encontraram fuzis, carregadores, munições, armas, granadas, coletes, óculos, capacetes, uniformes e lanternas táticas, entre outros equipamentos.
O esconderijo já foi periciado por policiais federais.
Ataque em Araçatuba
A cidade do noroeste do estado de São Paulo foi alvo de um pesado ataque na madrugada de 30 de agosto, em uma ação característica do chamado “novo cangaço”.
A partir das 23h50 do dia 29, um domingo, dezenas de criminosos ocuparam diferentes regiões do município com explosivos e armas de grosso calibre, como fuzis e metralhadoras. Nas horas seguintes, roubaram três agências.
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Segundo testemunhas, eram pelo menos 30 assaltantes. Houve troca de tiros com policiais por mais de duas horas. A quadrilha chegou a usar reféns como escudos humanos, sendo que alguns foram colocados sobre os carros usados na ação.
Na fuga, veículos em chamas foram espalhados pelas entradas da cidade para tentar atrapalhar o acesso da polícia. Três pessoas morreram e cinco ficaram feridas.
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A Polícia Federal assumiu a investigação do mega-assalto.
Dois suspeitos que foram baleados durante o crime morreram dias depois em outras cidades. Outros oito foram presos em diferentes momentos. A prisão mais recente foi de Anderson Menezes de Paula, o “Tuca”, apontado como mentor.
Segundo informações preliminares, um dos criminosos mortos no “bunker” localizado hoje seria irmão de "Tuca".