O Brasil Urgente teve acesso com exclusividade a investigação do GAECO, do Ministério Público de São Paulo, que revela como o ex-guarda civil metropolitano da Capital Paulista, Rubens Alexandre Bezerra, negociava além de armas e munições, remédios abortivos e até um esquema moderno para furtar carros.
Nas conversas acessadas pela equipe do Brasil Urgente, o criminoso tinha como objetivo vender o Cytotec, medicamento que era para ser usado para o tratamento de ulceras, mas se popularizou como um abortivo.
A ANVISA proíbe a venda do Cytotec na internet e em farmácias. Só pode ser aplicado em hospitais ou clinicas e sempre acompanhado por um médico. Mas Rubens Alexandre viu uma oportunidade de negócio e até ensina como usar o remédio para o aborto.
Durante a conversa, Rubens negocia o abortivo com um interessado. O cliente do ex-gcm chega a dizer que ele “pega umas doida” e precisa do medicamento urgente.
O uso sem acompanhamento médico e em locais que não são especializados podem levar a morte principalmente de mulheres grávidas. O esquema, segundo o Ministério Público, era chefiado pelo ex-guarda municipal. Além disso, a partir de um estacionamento no Centro de São Paulo ele recebia um moderno equipamento para furtos de veículos.
O fornecedor de Rubens é paraguaio e o ex-gcm envia um vídeo para dar exemplo do que precisa ser enviado. Em um aparelho conhecido como “chapolin”, ele tem a capacidade de clonar chaves de carros, que tem o dispositivo por aproximação
Um vídeo mostra o momento em que a vítima estaciona o carro. Um bandido a segue com o equipamento na bolsa. Pela proximidade acontece a clonagem e um comparsa fica com outro aparelho para receber o sinal. Quando ele aciona, a porta abre e dentro do carro ele é ligado.
Rubens Alexandre Bezerra, o ex-gcm, que de acordo com o MP chefiava toda essa estrutura criminosa, permanece preso preventivamente.