A mulher apontada como laranja de Elisson de Assis, guarda civil preso acusado de integrar a milícia armada que atua na cracolândia, em São Paulo, é beneficiária de diversos programas sociais, como o Auxílio Brasil. A empresa de segurança do guarda civil, para onde iam os valores, estava no nome da companheira dele.
Mesmo recebendo benefícios sociais, ela chegou a movimentar em um só dia mais de R$ 600 mil na conta bancária. Elisson se entregou um dia após a megaoperação. A empresa dele tinha uma 'lista de colaboradores de boa fé' que pagavam a segurança.
Outros dois guardas civis presos são investigados como integrantes da milícia atuante no centro de São Paulo. Assim como Elisson, Antônio Carlos Amorim Oliveira e Renata Oliva Freitas cobrariam a taxa de proteção contra crimes patrimoniais praticados por usuários de drogas. Quem se recusava a pagar, era alvo de retaliação.
Há indícios, segundo o GAECO, que Antônio Carlos comandava milícia, já que os guardas repassavam a ele o dinheiro recebido dos comerciantes em espécie. Ainda segundo o GAECO, Antônio Carlos e Renata também lavavam dinheiro para o tráfico.
Só no segundo semestre de 2021, o GCM teria lavado mais de R$ 3 milhões. Já a guarda, que era sócia de uma empresa de segurança do marido, é investigada por lavar dinheiro por meio de depósitos pulverizados na própria conta e de terceiros.
Governo de SP investiga corrupção policial contra operações na Cracolândia
Foto: Agência Brasil