Caso Anne Frigo: Corretor que executou Vitor presta novo depoimento

DHPP volta a ouvir Carlos Alex Ribeiro após Anne Frigo falar à Polícia Civil

Da Redação, com Brasil Urgente

DHPP volta a ouvir Carlos Alex Ribeiro após Anne Frigo falar à Polícia Civil Reprodução
DHPP volta a ouvir Carlos Alex Ribeiro após Anne Frigo falar à Polícia Civil
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O corretor Carlos Alex Ribeiro de Souza, que confessou o assassinato do também corretor Vitor Lúcio Jacinto, chegou no fim da tarde desta quinta-feira ao DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, da Polícia Civil), em São Paulo, para depor sobre o caso. A informação é do Brasil Urgente.

Carlos chegou por volta das 16h45 em uma viatura da Polícia Militar, acompanhado por um advogado. Vestindo um casaco preto e com o rosto coberto, ele não falou com a imprensa na chegada ao local. Rapidamente, foi conduzido para dentro do local.

Anne Cipriano Frigo, companheira de Vitor e investigada como mandante do homicídio, saiu do DHPP pouco antes das 20h de quarta-feira (30) dentro de uma viatura que a levou de volta para a cadeia, da 89ª DP (Morumbi), em São Paulo. 

Depois de ficar em silêncio no que deveria ter sido o primeiro depoimento, ela resolveu falar no segundo encontro com a polícia. Anne alega inocência e se diz vítima do marido, Vitor, e do assassino, Carlos.

Anne e Carlos foram presos na última terça-feira (29). Ele já chegou a prestar um primeiro depoimento. A delegada Magali Celeghin Vaz chegou a informar que não havia interesse em ouvir Carlos novamente, mas decidiu por um segundo depoimento após Anne depor, de forma a confrontar as informações.

“É uma mulher que foi explorada. Teve efetivamente muito dinheiro desviado”, alegou Celso Vilardi, advogado de Anne. “Essa morte se deu por uma briga entre os dois pela disputa que tinham pelo dinheiro dela”, acrescentou.

Ao longo do depoimento, Anne Cipriano Frigo admitiu que soube da morte do marido assim que Vitor Lúcio Jacinto foi assassinado, e ajudou o amigo deles a encobrir o crime. O crime foi cometido no dia 16, e o corpo só foi descoberto no dia 18.

De acordo com a versão apresentada, ela não denunciou o caso à polícia porque ficou com medo. Segundo Fábio Pinheiro Lopes, delegado-diretor do DHPP, o depoimento “não colou”.

“Não bate a atitude dela. Desde que ela chegou aqui, ela não demonstrou uma emoção”, afirmou Lopes. “Se for do ponto de vista de percepção, eu tenho certeza de que ela está envolvida. Se for pelo ponto de vista de provas até agora, ela é co-autora”, acrescentou.

A defesa da empresária, por sua vez, afirmou que há um “pré-julgamento” por parte dos policias de que ela teria envolvimento.

“Tenho aqui grandes amigos no DHPP, uma delegacia absolutamente de elite”, disse Celso Vilardi. “(Mas) já existia uma pré-disposição de encarar como não-convincente qualquer coisa que ela dissesse”, acrescentou.

A empresária decidiu passar à polícia as senhas dos celulares apreendidos na casa dela. Mas a Justiça já autorizou a quebra do sigilo telefônico, e deve ser possível recuperar as mensagens trocadas entre Anne e Carlos negociando a morte de Vitor.

“O Carlos disse que, no celular dele, tem os dois combinando detalhes da morte. Só que ele apagou. A gente vai tentar recuperar essas mensagens. Se estiver no celular, a gente vai conseguir recuperar”, avisou o delegado Lopes.