A defesa da babá de Henry Borel, Thayná de Oliveira Ferreira, disse que ela se sentiu intimidada pela mãe do menino a mentir em um primeiro depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro. As informações são do Brasil Urgente.

De acordo com a advogada Priscila Sena, Thayná disse em um primeiro depoimento não saber de agressões que vinham sendo sofridas por Henry, 4 anos, morto no dia 8 de março. Em novo depoimento, porém, indicou ter se sentido coagida pela família da criança.

“Segundo a Thayná, ela me passou que realmente não sabia dos casos (de agressão)”, disse Priscila nesta quinta-feira (15).

A advogada ainda não era a representante da babá na ocasião do primeiro depoimento. Após ter acesso ao conteúdo do pronunciamento inicial, disse que Thayná havia falado pouco, indicando jamais ter visto hematomas no menino.

A funcionária afirmou ainda à época que o vereador Dr. Jairinho e Monique Medeiros, respectivamente padrasto e mãe do menino, eram uma família feliz.

“Eu conversei com ela antes do (segundo) depoimento, e ela disse que ficou um pouco frustrada quando chegou ao escritório do antigo advogado (André França Barreto) e a Monique prontamente se dirigiu a ela em tom ameaçador”, afirmou Priscila. “Ela se sentiu um pouco intimidada.”

A advogada ainda declarou que pediu que a babá “pudesse contar com a maior riqueza de detalhes para que tudo pudesse ser esclarecido”.

Irmã diz que Dr. Jairinho mudou versões

Na quarta-feira (14), a irmã de Dr. Jairinho prestou depoimento após ter sido citada por Thayná. À Polícia Civil, a fisioterapeuta Thalita Fernandes Santos afirmou que o irmão mudou as versões a respeito da morte de Henry Borel ao longo da investigação.

Segundo ela, Jairinho primeiro afirmou não saber o que tinha acontecido com o menino, pois estaria dormindo na hora da morte. Depois, alegou que a criança passou mal. Por fim, após laudo pericial, que o menino caiu da cama e se machucou.

No depoimento mais recente, Thayná afirmou que foi Thalita quem organizou a reunião no escritório de André França Barreto, na qual a babá teria sido intimidada. Ele deixou o caso.

Segundo a funcionária, Thalita sabia das agressões. A irmã negou e disse que apenas convocou a reunião, sem qualquer orientação ou cobrança a respeito de depoimentos.