A mulher presa acusada de matar o próprio namorado com um brigadeirão envenenado com comprimidos sedativos se escondeu em um hotel no Centro do Rio de Janeiro de 28 de maio a 4 de junho. Júlia Andrade Pimenta foi presa na quarta-feira (5), após se entregar para a Polícia Civil.
No hotel, ela se apresentou como Lilia Mara. Ela teria feito o pagamento com um cartão de crédito e foi embora, para poder se entregar à polícia. Os investigadores descobriram o esconderijo de Júlia após uma denúncia anônima.
Antes de chegar ao Centro do Rio de Janeiro, a acusada se escondeu em cidades da região metropolitana da capital fluminense, segundo o delegado responsável pelo caso. "Ela teria ficado um tempo em Maricá, passado por Saquarema e pelo hotel no Centro do Rio de Janeiro", diz o delegado Marcos Buss.
Júlia se entregou em Santa Teresa, na região central do Rio. Houve uma negociação com a defesa da acusada até a chegada da polícia ao ponto exato da foragida. Ela foi transferida para o sistema prisional e teve a prisão temporária confirmada em audiência de custódia.
Entenda o caso
Júlia de Andrade Pimenta, de 29 anos, é a principal suspeita da morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44. O corpo dele foi encontrado em avançado estado de decomposição no apartamento onde morava, na capital fluminense.
Júlia era namorada da vítima e tinha acesso liberado ao prédio e ao carro do homem. A suspeita é que ela tenha matado o homem com o alimento, com o objetivo de roubar dinheiro e bens para pagar dívidas. Ela é acusada também de ter ficado na casa da vítima durante três dias.
Segundo um laudo preliminar do Instituto Médico Legal, o corpo tinha diversas lesões e o perito encontrou uma pequena quantidade de achocolatado no sistema digestivo do homem.
A mulher foi intimada a depor e, na delegacia, disse que tinha deixado a casa do namorado após uma briga e que ele estaria bem ao sair do imóvel. Ela foi liberada e não apareceu mais, até quatro de junho, quando se entregou.