Acusada de matar amiga trans tinha inveja dela, aponta investigação

Suspeito de ocultar cadáver diz que Maryana tinha medo da amiga ficar mais bonita depois da cirurgia de mudança de gênero

Da redação

Mulher trans que matou amiga teria inveja dela, diz investigação Reprodução
Mulher trans que matou amiga teria inveja dela, diz investigação
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Dois dias antes de ser presa, Maryana Elisa Rimes (mulher transexual) publicou um vídeo em que canta nas redes sociais. Ela é acusada de matar a amiga transexual, jovem identificada como Marcelo do Lago Limeira. As duas se conheciam há 10 anos, segundo as investigações.

A própria Maryana fez vídeos da amiga após uma cirurgia no rosto, um dos procedimentos que se submeteu para o processo cirúrgico de mudança de gênero. A acusada se ofereceu para cuidar da vítima após a operação.

Durante a investigação, a polícia apurou que Maryana tinha inveja da vítima, o que teria sido uma das motivações do crime, além das questões financeiras.

Ronaldo Bertolini, acusado de ajudar a ocultar o corpo e de usufruir do dinheiro de Marcelo, disse às autoridades que Maryana tinha medo da amiga ficar mais bonita que ela depois da cirurgia de mudança de gênero.

Dias depois da prisão de Maryana, Ronaldo se entregou à polícia. Existe a estimativa de que ele e Maryana tenham movimentado cerca de R$ 1 milhão da vítima.

Maryana comprou um carro com o dinheiro da vítima e em nome dela. Ela também recebia alugueis de dois imóveis que estavam em propriedade de Marcelo, além de uma ajuda financeira da tia, uma idosa de 73 anos, enganada por mais de um ano. 

Maryana vai responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos. Os crimes foram descobertos depois que a irmã de Marcelo decidiu procurar por ele em abril deste ano.

Na casa da vítima, a irmã de Marcelo encontrou outras pessoas e descobriu que o imóvel foi alugado. Na casa da tia, encontrou-se com Maryana cuidando dela.

Em meio às buscas da irmã por Marcelo, Ronaldo ainda levantou a possibilidade de matá-la. Em áudio, o suspeito diz: “Drag, mas você sabe que ela tinha que dar uma decolada, né?”.