O Brasil registrou 1201 trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão do começo de 2023 até 1º de maio. O balanço, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego na noite de sexta-feira (12), também afirma que quase R$ 5 milhões foram pagos em verbas salariais e rescisórias aos trabalhadores resgatados.
O estado com mais resgates foi Goiás, com 372 trabalhadores. Em seguida, vem o Rio Grande do Sul, com 296, já que houve o caso dos 207 trabalhadores resgatados no estado, em vinícolas da região de Bento Gonçalves em fevereiro deste ano. No terceiro lugar, estão empatados os estados de Minas Gerais e São Paulo.
No mesmo período, a equipe de inspeção do trabalho resgatou 500 trabalhadores. Dentre as atividades com mais pessoas em condição análoga à escravidão em 2023, o cultivo de cana-de-açúcar foi onde ocorreu o maior resgate, com 223 trabalhadores, seguidos das atividades de apoio à pecuária, com 212, de uva, com 207 e da construção de estações elétricas, com 110.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a mão-de-obra ilegal ocorre por intermédio de ‘gatos’, os agenciadores que aliciam trabalhadores de outras regiões para “atuarem de forma degradante, colocados para laborar de forma extremamente precária, sem as mínimas condições de trabalho decente”.