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Brasil regista dois tremores por ano com magnitude acima de 4, diz sismólogo

Segundo o Centro de Sismologia, o tremor de terra em São Paulo foi sentido na região sul da Bahia

Por Karina Crisanto

Brasil regista dois tremores por ano com magnitude acima de 4, diz sismólogo
Tremores relatados em SP no sistema da USP
Reprodução

A terra tremeu na manhã desta sexta-feira (16) em algumas regiões do estado de São Paulo. Segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo, a magnitude do terremoto foi de 4.0. O epicentro do terremoto foi registrado entre as cidades de Miracatu, Iguape e Itariri, em uma área pouco habitada. 

Segundo o Centro de Sismologia, o tremor de terra em São Paulo foi sentido na região sul da Bahia. Veja imagem:

O sismólogo do Centro de Sismologia da USP, Bruno Collaço, afirmou ao Band.com.br que tremores de terra dessa magnitude não são raros no Brasil. Segundo ele, ocorrem, em média, dois registros de tremores com magnitude acima de 4 em alguma região do país por ano. 

“O tremor foi sentido levemente até por moradores da cidade de São Paulo, Sorocaba e outras a mais de 100 quilômetros de distância. Tremores de magnitude 4.0 podem ser sentidos até 100 km ou um pouco mais”, disse o especialista em sismologia. 

Ao comparar com outras regiões do estado de São Paulo, o litoral sul paulista é uma área “relativamente ativa”, informou Bruno Collaço. O sismólogo lembra que um tremor de magnitude 4.6 já atingiu a cidade de Cananéia, em 1946. 

“Não se sabe ainda por que esta região do estado de São Paulo tem relativamente maior atividade sísmica do que outras. Mas, uma hipótese possível é que nesta região a placa da América do Sul é mais fina, resultando em maior concentração de pressões geológicas na crosta superior”, declarou. 

O sismólogo reforça que o tremor de terra com magnitude 4 não chega a causar preocupação. Os efeitos na região epicentral podem incluir pequenas trincas em rebocos, queda de telha e outros objetos instáveis, porém, com poucos danos em casas de baixa qualidade. “Os relatos recebidos pela USP não indicam nenhum efeito mais grave”, finalizou.  

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