Brasil pode sofrer "apagão" de vacinas em abril, alerta Conass

Carlos Lula disse que o Instituto Butantan, de onde parte a maior parte das vacinas, pode não conseguir distribuir os 29 milhões de doses previstos para abril

Da Redação, com BandNews FM

Conass prevê falta de imunizantes nos meses mais agudos da pandemia
Tânia Rego / Agência Brasil

O Brasil pode sofrer um apagão de vacinas em abril, momento em que o País caminha para um platô, com estabilidade de mais de 3 mil mortes por Covid-19 por dia, podendo chegar a até 5 mil vítimas fatais. O alerta foi feito pelo presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, Carlos Lula, para o jornalista Narley Resende, da BandNews FM. Ouça a entrevista abaixo:

 

O presidente do Conass e secretário de Saúde do Maranhão afirmou que o Instituto Butantan, de onde parte a maior parte das vacinas no Brasil, pode não conseguir distribuir os 29 milhões de doses previstos para abril. 

Para cumprir o cronograma de vacinação de todas as pessoas com mais de 60 anos no Brasil será necessário que haja a distribuição de mais 30 milhões de doses neste mês. 

Carlos Lula alerta que a China pode reter a distribuição do Ingrediente Farmacêutico Ativo, o IFA, que é a matéria prima das vacinas.  O presidente do Conass atribui a falta de vacina às falhas do governo federal na negociação de doses. 

Ele lembra que além de ter recusado vacinas no ano passado, o País também se posicionou contra a quebra de patentes das empresas para que a produção fosse liberada aos países mais pobres enquanto durasse a pandemia. 

A Fundação Oswaldo Cruz reduziu em mais de 1,4 milhão a previsão de doses da vacina contra a Covid-19 para o mês de abril. 

Em março, o Ministério da Saúde divulgou que esperava receber 21 milhões doses do imunizante da AstraZeneca/Oxford, que é produzido no laboratório de Bio-Manguinhos. 

A Fiocruz, no entanto, que divulga calendários semanais, prevê a entrega de 18,4 milhões doses da vacina até o final do mês de abril.

O Conass também pede ao governo federal que elabore um plano de uso de botijões de gás para armazenamento e oxigênio, diante da falta de cilindros durante o auge da pandemia em abril. 

Carlos Lula, afirma que o conselho também propôs o uso de oxigênio liquido, que é utilizado na indústria.

O Conass prevê que o País entrará em um platô de casos e mortes por Covid-19 neste mês. Com isso, calcula que a falta de oxigênio e outros insumos hospitalares é iminente. 


 

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