Brasil diz à Venezuela que representará a Argentina até que novo país seja escolhido

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores declarou que recebeu ‘com surpresa” a revogação da custódia da embaixada argentina em Caracas

Por Karina Crisanto

Brasil diz à Venezuela que representará a Argentina até que novo país seja escolhido
Polícia da Venezuela na frente da embaixada da Argentina em Caracas
Reprodução/Instagram/@convzlacomando

O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, declarou neste sábado (7) que recebeu “com surpresa” a comunicação da revogação da custódia da embaixada da Argentina na Venezuela e avisou que representará o país até que Buenos Aires escolha outro país para exercer a função. 

A sede diplomática da Argentina em Caracas está sob "cerco" de homens encapuzados desde a noite de sexta-feira (6). Segundo o partido de oposição Vente Venezuela (VV), o presidente Nicolás Maduro ordenou a ação.

“De acordo com o que estabelecem as Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e sobre Relações Consulares, o Brasil permanecerá com a custódia e a defesa dos interesses argentinos até que o governo argentino indique outro Estado aceitável para o governo venezuelano para exercer as referidas funções”, declarou o Itamaraty em comunicado.

“O governo brasileiro ressalta nesse contexto, nos termos das Convenções de Viena, a inviolabilidade das instalações da missão diplomática argentina, que atualmente abrigam seis asilados venezuelanos, além de bens e arquivos”, completou. 

"A República Bolivariana da Venezuela tomou a decisão de revogar, de maneira imediata, a aprovação concedida pelo Governo da República Federativa do Brasil para exercer a representação dos interesses da República Argentina e de seus nacionais em território venezuelano, assim como os locais da missão diplomática", diz um trecho da nota.

Na época, além da Argentina, diplomatas do Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, Republica Dominicana e Uruguai, que contestaram o resultado da eleição presidencial, foram expulsos pelo governo de Nicolás Maduro. 

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