A Assembleia Geral da ONU vai se reunir ainda nesta manhã para decidir se suspende ou não a Rússia do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Para que a suspensão seja aprovada, dois terços dos 193 países da Assembleia precisam votar a favor da proposta.

“A expectativa, pelo menos das potências ocidentais, é de que eventualmente obtenham sim os votos suficientes para afastar a Rússia do Conselho, mas há um número importante de países que irá se abster. Esse é o caso do Brasil, que deve adotar essa posição, pelo menos é a orientação inicial do Itamaraty e que marca uma consolidação da posição brasileira de equidistância da Rússia e outras potências ocidentais”, afirma Jamil Chade, correspondente do Grupo Bandeirantes. 

A medida é apoiada pelos Estados Unidos e por aliados, que condenam as ações dos russos na guerra da Ucrânia. O governo de Vladimir Putin é acusado, inclusive, de cometer crimes contra a humanidade.

Para parte da comunidade internacional, a permanência da Rússia no Conselho é contra o princípio básico da organização: promover e defender os direitos humanos ao redor do mundo.

Esta será a terceira sessão da Assembleia Geral da ONU desde o início da guerra. Nas outras duas sessões, mais de 130 países votaram a favor de propostas contra Moscou.