Governo inicia operação de resgate de brasileiros no Líbano nesta semana

Força Aérea já está preparada para ação no país, que tem maior comunidade brasileira no Oriente Médio

Por Túlio Amâncio

Ondas de fumaça sobre o sul do Líbano após um ataque israelense
REUTERS/Amr Abdallah Dalsh

A operação de resgate de brasileiros no Líbano começa nesta semana. A informação foi antecipada por fontes da diplomacia brasileira ao repórter Túlio Amâncio e confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores. O presidente Lula já havia dado aval, dias antes, para a operação acontecer.

A possibilidade, segundo fontes diplomáticas, é que a operação comece ainda na quinta ou sexta-feira (4). Fonte da Força Aérea Brasileira afirma que uma aeronave militar já está pronta para sair de Boa Vista, em Roraima e deve ir em direção ao Rio de Janeiro. Outro avião deve partir para Brasília.

Detalhes da rota de resgate devem sair em nota entre hoje e terça-feira (1º). A previsão é que de três a quatro mil pessoas seriam repatriados, mas a maioria quer permanecer no país ou quer apoio para ir a um local mais seguro, na mesma região. Mulheres, idosos, crianças e pessoas doentes são prioridades para a operação. 

Para a imprensa, o chanceler Mauro Vieira afirmou que os riscos foram mapeados e o governo já prepara uma lista para a repatriação. “Estamos esperando que até o fim de semana já tenhamos o primeiro voo realizado. Neste primeiro voo teremos 230 repatriados no máximo, pela capacidade do avião”, diz.

A decisão, segundo Mauro Vieira, já estava tomada. “Trato o assunto com o presidente há vários dias e é chegado o momento, após a morte de dois brasileiros, de iniciar a operação”, afirma. 

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que Lula determinou a realização do voo. A ação terá data anunciada nos próximos dias e o voo de volta deve decolar do aeroporto de Beirute. 

“A Embaixada no Líbano está tomando as providências necessárias para viabilizar a operação, em contato permanente com a comunidade brasileira e em estreita coordenação com as autoridades locais”, diz a nota.

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