BR-376 ficará interditada por pelo menos mais 48 horas no Paraná

Concessionária Arteris Litoral Sul informou que novo boletim será divulgado nesta terça-feira (6)

Da Redação

Concessionária faz trabalhos de limpeza, recuperação de pavimento e sinalização Arteris Liroral Sul
Concessionária faz trabalhos de limpeza, recuperação de pavimento e sinalização
Arteris Liroral Sul

A concessionária Arteris Litoral Sul, que administra o trecho da BR-376 onde ocorreu um deslizamento de terra que matou duas pessoas e soterrou seis caminhões e três carros, informou neste domingo (4) que o km 668,7 seguirá interditado por pelo menos 48 horas. 

Um novo boletim sobre as condições do local deve ser divulgado nesta terça-feira (6).

“Uma previsão mais concreta sobre a liberação da via dependerá da redução do volume de chuvas, da melhora do clima ao longo dos próximos dias e da secagem do solo. Essas condições são importantes para que a rodovia possa ser liberada com a máxima segurança para os usuários, o que é a prioridade da concessionária”, diz a concessionária em nota.  

Neste domingo, as equipes da Arteris Litoral Sul seguiram trabalhando no local do incidente da segunda-feira (28).

“Houve um importante avanço nos trabalhos de recomposição do pavimento. Na pista norte (sentido Curitiba) foram refeitos 200 metros das faixas 2 e 3 e outros 130 metros na faixa 1. Também estão sendo realizadas atividades de execução de sarjeta de drenagem e limpeza da via na pista sul (sentido Florianópolis)”, diz.

Investigação

A Polícia Civil do Paraná abriu inquérito para investigar de quem é a culpa pela tragédia na BR-376, próximo à divisa com Santa Catarina. A Dedetran (Delegacia de Delitos de Trânsito) de Curitiba é a responsável pelo caso. 

O desastre poderia ter sido maior. O transito estava parado na rodovia quando o deslizamento aconteceu. Quem lembra dos momentos de terror é um dos sobreviventes, o caminhoneiro José Altair Biscaia. Ele gravou um vídeo, logo após ser encoberto pela lama.

Emocionado ainda dentro do veículo, caminhoneiro descreve momento em que ficou preso. “Estou vivo, mas estou no meio da terra, no cantinho do que sobrou do caminhão”, diz o caminhoneiro. 

No vídeo, o caminhoneiro relata estar ferido, com alguns machucados e dores. Ele foi resgatado ainda na noite de segunda-feira (28) e levado ao Hospital São José de Joinville (SC). José Altais recebeu alta na manhã do dia seguinte.

A Policia Civil vai investigar se a concessionária deveria ter interditado a pista por precaução, já que três horas antes da tragédia um primeiro deslizamento bloqueou a rodovia entre 15h30 e 18 horas.

O inquérito deve ser apresentado em 30 dias. O MPF (Ministério Público Federal) também instaurou procedimento para apurar o acidente.

Cinco dias depois do deslizamento, a rodovia, que é o principal acesso para o sul do país, segue bloqueada e sem previsão de liberação. 

O trabalho de resgate foi encerrado. Seis caminhões e três carros foram removidos. Duas pessoas morreram e doze conseguiram se salvar.

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