Washington Olivetto deixou legado em músicas de Jorge Ben e na "Democracia Corinthiana"

Impacto do publicitário, que morreu no último domingo, vai além dos comerciais

Da Redação

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Washington Olivetto
Reprodução/Band TV

Washington Olivetto, que morreu no último domingo (13) aos 73 anos, não era só referência da publicidade, mas uma figura popular brasileira. 

Até quem não era do meio, já tinha ouvido falar, já que Jorge Ben Jor o imortalizou não em uma, mas em duas músicas: Engenho de Dentro e WBrasil. 

Quem viveu no brasil nos últimos 40 anos já se deparou com alguma peça publicitária dele na TV, na revista ou no jornal.

Olivetto produziu os únicos dois comerciais brasileiros presentes na lista dos 100 maiores do mundo de todos os tempos. “Primeiro Sutiã”, para a marca Valisere, e “Hitler”, para o jornal Folha de S.Paulo. 

Apesar da longa carreira, Washington Olivetto não era publicitário formado. Ele começou o curso na Fundação Armando Álvares Penteado, a faap, em São Paulo, mas não concluiu. 

Nascido em São Paulo em 1951, Washington iniciou a carreira em 1969, aos 18 anos, como redator numa agência de publicidade, quando foi procurar vaga como estagiário. 

Tudo isso por uma simples coincidência: o pneu do seu carro tinha furado em frente à empresa./

Três meses depois, já tinha colocado no ar seu primeiro comercial e ganhado o primeiro dos seus mais de 50 leões do festival de publicidade de cannes. 

O diploma só viria mais de 4 décadas depois: em 2003, recebeu o título de doutor honoris causa da faculdade Belas Artes, de São Paulo. 

Além da publicidade, outra paixão de Washington tinha nome e sobrenome: Sport Club Corinthians Paulista./

Foi vice-presidente de marketing do time e um dos fundadores do movimento "Democracia Corintiana", que contestou a ditadura militar no Brasil no fim do regime. 

Em 2013, ganhou homenagem da escola de samba Gaviões da Fiel num desfile de carnaval, que contava a história da publicidade brasileira.

Em 2001, Washington foi sequestrado por um grupo de chilenos em São Paulo depois de passar por uma falsa blitz.

O grupo pediu resgate de 10 milhões de reais. O publicitário passou 53 dias no cativeiro.

Washington Olivetto estava internado há quase cinco meses no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. A causa da morte não foi divulgada. 

Ele deixa a esposa, três filhos, e muitas memórias para milhões de brasileiros. 

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