Prefeitura recebe primeiras casas modulares para pessoas em situação de rua

Programa da Prefeitura de SP estima abrigar 350 famílias em situação de rua até o fim do ano

Leonardo Zvarick

Assim que as primeiras unidades foram entregues no pátio nesta quarta-feira (27), funcionários da Prefeitura de São Paulo já começaram a trabalhar nas fundações onde serão instaladas outras casas modulares na “Vila Reencontro”, na região do Bom Retiro. O programa será destinado a famílias em situação de rua cadastradas nos serviços de assistência social da Prefeitura.

As casas serão instaladas ao longo do próximo mês e a expectativa da Prefeitura é que a vila seja inaugurada em setembro. No primeiro momento serão 175 residências, mas a ideia é que a capacidade seja ampliada e que, até o fim do ano, 350 famílias sejam atendidas.

As casas modulares terão 18 m² cada uma, com banheiro, cozinha e mobília oferecida pela Prefeitura. A prioridade será para famílias em situação de rua há menos de 2 anos e com crianças menores de 6 anos, segundo o Secretário Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Carlos Bezerra Júnior. “E também pessoas de até 59 anos, pois haverá enfoque no trabalho, porque temos outros serviços para os mais velhos. A ideia principal é garantir autonomia para quem passar por aqui”, disse.

Além da moradia temporária por até 18 meses, a vila terá uma Unidade Básica de Saúde, serviços de assistência social e qualificação profissional, além de uma nova unidade do Bom Prato, que serão implementados gradativamente nos prédios onde antes funcionavam setores administrativos do Detran.

Por enquanto, a Prefeitura ainda não definiu se os moradores terão que arcar com algum custo, como água e eletricidade. 

Alguns moradores do Bom Retiro se sentem incomodados com a implementação projeto e possível impactos no cotidiano do bairro. “Quando você lê o projeto é tudo lindo e maravilhoso, mas na prática não é assim que funciona”, disse uma moradora.

Mas, de acordo com o Secretário Municipal, os moradores terão acompanhamento para que sejam reinseridos. “Esse sentimento de rechaço é a preocupação de algumas pessoas e é natural. Mas esse é um novo tipo de abordagem, inovador, com característica de humanização, respeito às pessoas e dignidade. São famílias que passarão por acompanhamento para serem reinseridas na sociedade”, afirmou Carlos Bezerra Júnior.

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