O Bora SP conversou nesta quarta-feira (23) com o secretário executivo de projetos estratégicos da prefeitura de São Paulo, Alexis Vargas, para falar sobre o surgimento de novas minicracolândias por diversos bairros da capital.
“O tráfico desistiu de operar na praça da Alameda Cleveland porque a gente criou condições hostis a operação deles lá com câmeras, iluminação, triagem e controle de barracas. Isso fez com que eles desistissem de operar ali. O ambiente se tornou inadequado para o negócio deles e eles resolveram se mudar”, explicou Alexis, que ainda disse que há transferências para alguns pontos da capital.
Um mapeamento o qual a Rádio Bandeirantes teve acesso, mostra que houve um processo de expansão do uso do crack para a periferia nos últimos anos, mas a maioria continua na região central.
A capital paulista tem, pelo menos, 150 minicracolândias espalhadas pela cidade. Os pontos de consumo coletivo de droga foram identificados em 18 bairros da capital e variam de tamanho.
Desde 2015, o número de minicracolândias registradas cresceu 581%. Há filiais em Cidade Tiradentes, São Miguel, Itaquera, Cachoeirinha, Brasilândia, Capão Redondo, Campo Limpo, Vila Leopoldina, Santa Cecília, Santa Ifigênia, Sé, entre outros distritos.
A maior continua na Luz. De acordo com a prefeitura, pelo menos 650 dependentes químicos ficam na Rua Helvétia e arredores por dia.