O Emílio Ribas, hospital referência em doenças infectocontagiosas com HIV e Covid, está sofrendo com a falta de médicos e enfermeiros. Um dos principais problemas da unidade de saúde é a aposentadoria dos funcionários, que não são repostos, o que provoca um apagão de mão de obra.
A paciente Maria Silva, que faz tratamento contra HIV, desde os anos 90, tem enfrentado problemas com a falta de medicamentos e profissionais. “Começou a ter falta de médico, um espaçamento entre exames que a gente solicita”, disse.
Os profissionais ressaltam a importância da unidade de saúde. “As duas vacinas para Covid foram testadas aqui, vacina para HIV estamos testando aqui. Junto com a assistência e o ensino, a pesquisa é um pilar importante no nosso hospital”, disse o médico Wladimir Queiroz.
Na última semana, médicos e funcionários fizeram um protesto contra a falta de pessoal e condições de trabalho. “Estamos em um quadro de insuficiência e para pôr o hospital para funcionar o governo do estado de São Paulo vai precisar realizar concursos públicos para funcionar direito”, disse o médico Eder Gatti.
Apesar dos protestos e reclamações e do Emílio Ribas não realizar concurso para o preenchimento de vagas desde 2015, o diretor da instituição garante que não faltam medicamentos e que o corpo clínico é suficiente para atender a demanda.
“Com essa discussão sobre reposição de recursos humanos para o hospital ela está acontecendo exatamente porque a partir de abril de 2022 o hospital vai começar, de fato, a sua expansão. É necessário começar a discussão neste momento para que a gente tenha tempo de conduzir os processos de contratação até lá”, explicou o diretor do hospital, Luiz Carlos Pereira Júnior.