Quando a pessoa vê a própria imagem distorcida no espelho é considerado dismorfia corporal. O transtorno atinge mais de quatro milhões de brasileiros.
“Eu me via como um monstro, de verdade, porque eu não me reconhecia, não me entendia e não conseguia me deparar com a minha imagem e entender que era de uma pessoa normal”, conta a estudante de psicologia Layla Brigido.
“Várias vezes na minha vida eu deixei de sair, deixei de ir em algum lugar com minha família ou meus amigos porque a minha base da maquiagem tinha acabado e na minha cabeça não existia a possibilidade de eu sair de casa sem maquiagem com minha acne a mostra”, disse a publicitária Kéren Paiva.
O peso corporal e a pele estão no topo das reclamações de quem sofre de dismorfia corporal.
“Essas pessoas que não se sentem pertencentes a um grupo tendem a um isolamento. Então eles não querem sair, não aceitam convites para festas, eles recebem e não querem ir porque nenhuma roupa fica boa, a imagem não fica boa”, explica a psicóloga Natália Cesar de Brito.
É cada vez mais comum perceber mudanças radicais nos rostos de famosos o que tem impulsionado por procedimentos estéticos e por cirurgias plásticas.
“Aceite a sua genética, a sua idade, a sua história, as suas características raciais e as suas próprias escolhas. Isso quer dizer que você não tenha filtro, que você não tenha crítica”, afirma a cirurgiã plástica Maria Paula Tanaka.
Um projeto criado nas redes sociais por Layla e Kéren que mostrar que o caminho para felicidade é fazer as pazes com quem somos. “Eu brinco que aceitação é a luz no fim do túnel, você acha que não vai rolar, mas uma hora aparece”, disse Layla.