Cresce o número de vagas de trabalho com foco na diversidade

Plataforma mostra que oferta de empregos com foco em mulheres, pessoas com deficiência, LGBTQIA+ e negros cresceu 56,35%

Da redação

Cresce o número de vagas de trabalho com foco na diversidade, segundo pesquisa divulgada por plataforma digital de empregos. O site mostra que o número de anúncios de oferta de empregos com foco em mulheres, pessoas com deficiência, LGBTQIA+ e negros cresceu 56,35% no ano passado. 

Na prática, o resultado saltou de 11.171, em 2020, para 19.825, em 2021. Isso significa que as empresas tendem a manter essa alta de contratações com foco na diversidade. Neste ano, por exemplo, houve mais de 9 mil anúncios de vagas direcionados às minorias, 11,6% a mais nos primeiros cinco meses do ano passado.

A reportagem da Band foi a um restaurante em que a diversidade é um fator importante, da cozinha aos cargos de gerência. Cerca de 50% do quadro de funcionários é composto por profissionais LGBTQIA+.

“Os clientes, quando observam isso, sempre elogiam e falam que a nossa atitude de inclusão, tanto LGBTQIA+ como down e refugiados, agrega muito para a gente”, explicou Elaine Soliani, gerente do restaurante visitado pelo Bora SP.

Apesar do esforço de determinadas empresas, ainda são muitas as barreiras impostas aos LGBTQIA+ no mercado de trabalho. Uma pesquisa recente mostrou, por exemplo, que quase metade dessa população não assume publicamente a orientação sexual ou identidade de gênero.

“Muitas vezes eu me apresentava como Amanda, mas, quando chegava ao momento da entrega dos documentos, sempre havia uma desculpa que não dava para me encaixar na vaga”, desabafou Amanda Matricardi, analista de atendimento, que foi contratada por intermédio de uma plataforma de emprego voltada para pessoas transexuais.

O site TransEmpregos possui quase 2 mil empregadores cadastrados com oportunidades em todo o Brasil. 

“Quando você é pessoa trans, às vezes, negra da periferia, e consegue um bom emprego, vai subindo, faz cursos, vai crescendo dentro de uma empresa, ela não muda apenas a realidade dela. Ela muda a forma como a família e vizinhos a vê. Isso vai, aos poucos, mudando o mundo”, contou Marcia Rocha, idealizadora do TransEmpregos.

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