Barulho de motos incomoda moradores da periferia de SP

O barulho tira o sono, a paciência, a saúde e a paz de quem mora nos bairros mais afastados em São Paulo e Região Metropolitana especialmente aos fins de semana

Por Maiara Bastianello

Quem mora na periferia não aguenta mais o barulho insuportável de motos nas conhecidas "tiradas de giro". A falta de policiamento para coibir essas práticas só aumenta ainda mais o problema.

O barulho tira o sono, a paciência, a saúde e a paz de quem mora nos bairros mais afastados em São Paulo e Região Metropolitana especialmente aos fins de semana. "Bololô" ou "tirar de giro" são os nomes populares dados para o ruído ensurdecedor feito quando se acelera as motos. O objetivo é apenas fazer muito barulho. 

Já "chamar no grau" é empinar a moto em manobras arriscadas e também muito barulhentas. Um morador da zona sul de São Paulo que tem medo de se identificar tentou passar uma noite de sexta-feira na casa da mãe em Taboão da Serra, mas não conseguiu

“Eu tive que vir embora de madrugada porque é humanamente impossível dormir. Motos com vários jovens sem capacete, motos sem placas, você chama a polícia e ela não vai é complicadíssima a situação”, conta

O incomodo é tanto que em alguns bairros da periferia é cada vez mais comum ver faixas ameaçando quem faz o barulho. Apesar de a barulheira se enquadrar como crime de perturbação de sossego, quem denuncia acredita que falta ação mais efetiva da polícia. 

O técnico em prótese Diogo da Silva não aguentou esperar a ajuda chegar. Depois de anos sem conseguir nem conversar com as pessoas dentro de casa desistiu da periferia de Guaianases, na zona leste e foi pra Mooca.

“Não tem horário. São três horas da madrugada você vai ter barulho de moto. Qualquer coisa que não te deixa dormir tira sua sanidade mental. De fato, qual é a solução é possível para isso. Eu sei que tem um problema”, conta Diogo.

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