Após admitir recompra de Rolex, Wassef tem celular apreendido pela PF em SP

Além do celular apreendido na noite desta quarta-feira (16), o carro de Wassef foi revistado pelos agentes federais. Advogado disse que recomprou o relógio por US$ 49 mil

Da Redação com Band Brasília

A Polícia Federal (PF) apreendeu na noite desta quarta-feira (16) o celular do advogado Frederick Wassef em uma churrascaria de São Paulo. Alvo de busca pessoal autorizada pela Justiça, ação da PF acontece após ele admitir que recomprou o relógio da marca Rolex dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita. 

Além do celular apreendido pela Polícia Federal, o carro de Frederick Wassef foi revistado. Ele ficou surpreso com a operação, mas cooperou com a busca e apreensão dos agentes federais. 

A ação da Polícia Federal é um desdobramento da operação “Lucas 12:2”, que teve como alvo Mauro Cid e o pai dele, Mauro Lourena Cid, na última sexta-feira (11). Na ocasião, Wassef também seria alvo da PF, porém não foi localizado. O órgão apura o desvio de presentes recebidos em viagens oficiais pelo governo de Jair Bolsonaro. 

O Rolex, segundo a Polícia Federal, foi vendido nos Estados Unidos pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Em coletiva de imprensa, Frederick Wassef disse que pagou o relógio com dinheiro próprio em espécie, no valor de US$ 49 mil.

Em declaração à imprensa, o advogado Frederick Wassef negou ter feito uma operação de resgate a mando de assessores de Jair Bolsonaro após a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU).

Investigação da PF

A PF deflagrou a “Operação Lucas 12:2”, com o objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Além de Mauro Cid, o pai dele, general da reserva Lourena Cid, o ex-ajudante de ordens Osmar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro.  

Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior.

O nome da operação é uma alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".
 

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