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Vítima relata desespero após sequestro em SP: 'O tempo todo na mira da arma'

Piloto e dentista foram sequestrados na frente da casa da mãe enquanto aguardavam a chegada da filha

Por Cesar Cavalcante

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A Polícia Militar conseguiu libertar um casal que foi sequestrado na madrugada desta sexta-feira (4) no Jardim Boa Vista, região da rodovia Raposo Tavares, zona oeste de São Paulo. O homem, piloto de helicóptero que preferiu não se identificar, falou com exclusividade ao Bora Brasil e detalhou a ação da quadrilha. 

De acordo com o relato, ele dirigiu até a casa da mãe ao lado da esposa, que é dentista, para buscar a filha. Assim que estacionou o veículo, os criminosos os abordaram violentamente. 

“Foi muito rápido, o tempo de encostar e telefonar para avisar que tínhamos chegado. Ficamos prestando atenção na rua, mas do nada um carro nos fechou. Não tem como ter tempo de reação, o bandido abriu a porta com a arma apontada. Não tem o que fazer, só obedecer”, disse. 

O casal foi colocado no banco de trás e passou horas circulando pelas ruas, até chegar ao cativeiro. Toda a ação durou cerca de 4 horas. Um criminoso ficou com eles como “segurança”, os outros comparsas se comunicavam por telefone.

“Eles queriam saber nossas senhas [dos aplicativos dos bancos]. Sempre fui preocupado com isso, então criei bloqueios, limites de Pix, para evitar uma perda financeira maior.”

O triste é que, mesmo fazendo isso, você está sujeito a passar por esse susto. Eles não conseguiram extrair dinheiro, mas perdemos a liberdade de andar tranquilo na rua. O tempo todo ficamos sob a mira da arma.

De acordo com a vítima, em determinado momento, eles ouviram uma movimentação vinda da rua e avistaram a luz de uma lanterna. Eram as equipes da PM que haviam sido acionadas para atender a ocorrência. O criminoso que estava no cativeiro tentou pular o muro para fugir, mas foi baleado e não resistiu aos ferimentos. 

Outros dois integrantes da quadrilha que estavam circulando pela cidade com o carro e falando com o comparsa pelo telefone foram localizados e presos. 

“Eu consegui me esticar, olhei para fora e vi a boina de um policial, aí gritei e pedi socorro. Os policiais são ultra treinados, me impressionaram muito, faço questão de dar entrevista para enaltecer o trabalho da polícia, é sensacional.”

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