O rapper Oruam foi liberado da prisão mediante pagamento de fiança no início da noite desta quinta-feira (20) no Rio de Janeiro. A saída do cantor da delegacia foi marcada por tumulto e confusão de fãs que se aglomeraram em frente ao local. Também estiveram por lá Fernanda Valença, noiva do artista, e o amigo Orochi.
Oruam foi detido durante a tarde após realizar manobras perigosas no trânsito, incluindo um “cavalo de pau”, próximo a uma blitz policial, na região da Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense.
Segundo a Polícia Civil, ele foi autuado em flagrante por direção perigosa e pagou fiança de R$ 60 mil. A investigação acredita que a prisão foi proposital, uma “ação de marketing” para divulgar o lançamento de um álbum, já que, pouco tempo depois, ele publicou uma mensagem no Instagram dizendo que “vai responder com música".
O que é “cavalo de pau”
O “cavalo de pau” é um termo popular para a manobra que faz o carro perder a tração das rodas traseiras, fazendo-o deslizar lateralmente. A ação também é conhecida como “drift”, é ilegal e pode resultar em multas, apreensão do veículo, suspensão ou proibição da CNH e prisão.
Quem é Oruam
Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, de 23 anos, ficou conhecido no cenário musical com hits como “Diz aí, qual é o plano?”, “Para de mentir”, “A cara do crime 4”, “Terra prometida” e “Bem melhor”, acumulando mais de 11 milhões de ouvintes no Spotify.
Ele é filho de um dos líderes do Comando Vermelho, Marcinho VP, preso desde 1996. Os dois nunca conviveram fora da prisão, de onde o líder continua a comandar a facção.
Ele já mostrou uma tatuagem com o rosto do pai e outra com seu “tio” de consideração, Elias Maluco, que morreu na cadeia em 2020 após ser condenado pelo assassinato brutal do jornalista Tim Lopes.
Recentemente, o rapper teve o nome associado a um projeto, apelidado de lei anti-Oruam, que proíbe ao poder público a contratação de shows de artistas que façam apologia ao crime e ao uso de drogas.
A iniciativa da vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) em São Paulo se espalhou pelo Brasil e, segundo a parlamentar ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL), propostas similares foram protocoladas em mais de 80 cidades brasileiras, sendo 18 capitais.