Um vídeo mostra uma discussão que antecedeu a morte do papiloscopista Renato Couto de Mendonça, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que foi encontrado morto na última sexta-feira (13). Um laudo da Polícia Científica aponta que Mendonça estava vivo quando, depois da briga, foi jogado no Rio Guandu, em Japeri, na Baixada Fluminense.
As imagens mostram Renato, com uma arma na mão, discutindo com Lourival Ferreira de Lima, dono de um ferro-velho na Zona Norte do Rio.
No último domingo (15), quatro suspeitos de envolvimento no assassinato do perito foram presos. Entre eles, dois são sargentos e um é cabo da Marinha. O corpo foi reconhecido na segunda (16) como sendo o do agente de segurança.
Vídeo: militares sequestram e matam policial civil
Como foi crime
De acordo com as investigações, o corpo foi jogado no rio após ter sido baleado pelo sargento da Marinha Bruno Santos de Lima durante a discussão no ferro-velho. O motivo da briga seria a suspeita de que o espaço estaria comercializando materiais furtados de uma obra realizada pela vítima.
Ainda segundo a polícia, o filho do comerciante, Bruno Santos de Lima, que é militar da Marinha, e outros dois militares, Manoel Vitor Silva Soares e Daris Fidelis Motta, teriam sequestrado o perito, o colocado dentro de uma van e o matado.
Em nota, a Marinha disse que abriu um inquérito para apurar o caso e que repudia condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os princípios militares.