Um assessor da advogada e influenciadora Deolane Bezerra tentou tirar o microfone da mão do repórter da Band Mark Figueiredo na saída do Fórum do Recife, onde ela esteve na manhã desta quarta-feira (25) para assinar um termo de compromisso com a Justiça.

O jornalista fazia perguntas sobre as investigações da Operação Integration, que prendeu Deolane por suposto envolvimento com lavagem de dinheiro e jogos ilegais, quando ela se incomodou e disse que ele era “chato para caramba”. Em seguida, o membro da equipe da influenciadora tentou tirar o microfone da mão do profissional.

A advogada falou brevemente com a imprensa no local e disse que continuará fazendo publicidade das empresas de apostas investigadas “assim que for liberada”.

“Quero agradecer todos que tiveram um trabalho honesto, foram muitas mentiras espalhadas, creio muito no senhor Jesus Cristo que a justiça será feita. Graças a Deus, o desembargador viu as flagrantes ilegalidades no processo e tudo vai dar certo”, disse.

Eu sou inocente, agradeço aqueles que me apoiaram, não posso falar sobre o processo, está sob segredo de justiça, o que posso falar é sou inocente, obrigada.

A influenciadora ainda contou que viajará para São Paulo para ficar ao lado dos filhos e, questionada pelos jornalistas se continuaria fazendo publicidade com as bets, respondeu que “quando for liberada, sim”. 

Deolane Bezerra deixou a Colônia Penal Feminina, na cidade de Buíque, no agreste de Pernambuco, nesta terça (24), após o Tribunal de Justiça do estado conceder habeas corpus para a influenciadora e outros investigados da Operação Integration, no inquérito que apura lavagem de dinheiro e jogos ilegais.

O pedido de habeas corpus foi solicitado pela defesa de Darwin Henrique, dono da casa de apostas Esporte da Sorte. Na decisão, o tribunal estendeu para outros 17 investigados, incluindo a influenciadora e a mãe, Solange Bezerra.

O desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco Eduardo Guilliod determinou que os investigados:

• Não podem mudar de endereço sem prévia autorização judicial;
• Não podem se ausentar da Comarca onde residem, sem prévia autorização judicial;
• Não podem praticar outra infração penal dolosa;
• Precisam comparecer em até 24 horas, pessoalmente, no Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital, para assinatura de Termo de Compromisso, em que tomarão ciência de todas as cautelares estabelecidas.

Na decisão, o desembargador também proibiu que os investigados frequentem qualquer empresa que esteja correlacionada com o objetivo da investigação da operação ou participem de qualquer tomada de decisão sobre a atividade econômica de qualquer empresa que faça parte do inquérito. Além disso, também estão proibidos de fazer publicidade ou menção a qualquer plataforma de jogos.