O pai e os dois filhos, de 4 e 6 anos, que estavam no avião que saiu da pista e explodiu em uma praia de Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo, seguem internados no Hospital Regional de Caraguatatuba. Eles estão estáveis.
A família foi, inicialmente, atendida na Santa Casa de Ubatuba e, na sequência, transferida para o hospital da vizinha, referência para atendimentos na região do Litoral Norte paulista. Segundo a unidade de saúde, a mãe apresenta estado grave.
Uma pedestre, atingida em solo no momento do acidente, permanece internada na Santa Casa de Ubatuba e se recupera bem. O piloto da aeronave não resistiu aos ferimentos.
Os destroços da aeronave foram retirados da praia por volta das 23h e levados para o Aeroporto de Ubatuba. Neste momento, uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), está em um hangar do local, onde fazem análises para tentar entender a causa do acidente.
O acidente
Cinco pessoas, sendo quatro passageiros e o piloto, estavam no avião de pequeno porte que saiu da pista e explodiu na Praia do Cruzeiro. Segundo a concessionária Rede VOA, que administra o Aeroporto de Ubatuba, a aeronave havia saído de Mineiros, em Goiás, e tentou pousar na cidade do litoral paulista.
No entanto, as condições meteorológicas não eram boas, com chuva e pista molhada. Com isso, a aeronave ultrapassou a pista e atravessou o alambrado da cabeceira, explodindo já na praia.
O piloto morreu preso às ferragens, enquanto dois adultos e duas crianças, todos da mesma família, foram resgatados com vida. Uma pessoa que passava pelo local também sofreu ferimentos e precisou de atendimento médico. Segundo a prefeitura de Ubatuba, algumas das vítimas do acidente foram inicialmente atendidas na Santa Casa local, mas precisaram ser transferidas para o Hospital Regional de Caraguatatuba.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou ainda que três pessoas que passavam pelo local no momento do acidente foram atingidas pelos destroços da aeronave e ficaram feridas. Mas não houve confirmação se elas precisaram de atendimento médico.
Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro, da Agência Nacional de Aviação Civil, a situação da aeronave era regular e ela pertencia à família do produtor rural Nelvo Fries.
O Ministério Público de São Paulo instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias que levaram à queda da aeronave.